O Japão costuma exigir paciência. Mas, nesta segunda-feira, o Brasil mudou o roteiro na bolha de Rimini. Em sua melhor atuação na Liga das Nações, a seleção de José Roberto Guimarães não teve muitos problemas para vencer o rival asiático. Até se permitiu a um cochilo na reta final, mas fechou a partida em 3 sets a 0, parciais 25/15, 25/19 e 25/21.

Resumo do jogo

Em um processo de evolução rumo às Olimpíadas, a seleção deu alguns passos à frente diante das japonesas. Nesta segunda, o Brasil mostrou muita força no bloqueio – tanto com as centrais, Carol e Carol Gattaz, mas também com Gabi, Tandara e Macris. Foram, no total, 11 pontos no fundamento. O saque também evoluiu, causando estragos na linha de passe das rivais, assim como a defesa, dificultando a virada de bola do Japão.

O ataque, que, à exceção da derrota para os Estados Unidos, já vinha funcionando, voltou a encaixar. Fernanda Garay, Gabi e Tandara, principalmente na reta final, assim como as centrais, deram boas opções a Macris durante todo o jogo. Rosamaria, que fez sua estreia na competição, também apareceu bem na definição das jogadas.

Seleção do Brasil festeja ponto contra o Japão — Foto: Divulgação/FIVB

Seleção do Brasil festeja ponto contra o Japão — Foto: Divulgação/FIVB

Próximo jogo

A seleção volta à quadra nesta terça-feira. O time de Zé Roberto vai encarar a Rússia, às 16h, com transmissão do SporTV2. O ge acompanha tudo em tempo real.

Como fica?

O Brasil, agora, soma três vitórias e uma derrota, para os Estados Unidos. São nove pontos no total. A seleção ainda depende dos outros resultados do dia para definir sua posição na classificação geral da Liga das Nações.

Os números

Fernanda Garay – 21 pontos

Tandara – 14 pontos – 3 pontos de bloqueio
Gabi – 10 pontos
Carol – 9 pontos – 4 pontos de bloqueio.

1° set – Paredão e pancadas

Uma pancada de Tandara explodiu no bloqueio japonês e voltou para fora. Como em todo jogo contra o Japão, a seleção precisou exercitar a paciência. Pelo menos no início. Aos poucos, porém, o Brasil se soltou. Uma diagonal de Gabi, sem defesa do outro lado, fez o Brasil abrir 9/5. Logo na sequência, a ponteira fechou a porta junto à rede e ampliou. O bloqueio, aliás, era uma das principais armas da seleção àquela altura – foram seis pontos no total no set. Em sua melhor atuação até aqui, o Brasil viu a vantagem crescer sem muita dificuldade. Um ace de Gabi fechou a conta na parcial: 25/15.

Bloqueio brasileiro funcionou bem contra o Japão — Foto: Divulgação

Bloqueio brasileiro funcionou bem contra o Japão — Foto: Divulgação

2° set – Aula no bloqueio e vitória encaminhada

O Japão, que ainda não havia perdido nenhum set até esta segunda, tentou reagir. Abriu 2/0 na saída da segunda parcial e adotou uma nova postura, mais agressiva. Mas a resposta brasileira foi imediata. No bloqueio, Carol Gattaz fez com que a seleção abrisse 7/4. Não era apenas o ataque que funcionava àquela altura. A seleção se multiplicava na defesa, principalmente com Gabi. Com 16/11 no placar, Zé deu espaço para Rosamaria fazer sua estreia na Liga, em inversão com Roberta também em quadra. O Japão até ensaiou uma reação, mas nada que ameaçasse tanto. Um levantamento perfeito de Gabi para o ataque de Fê Garay e, pronto, fim de papo no set: 25/19.

3° set – Japão ensaia reação, mas Brasil acelera e fecha a conta

O Japão, claro, quis reagir. E, enfim, passou a dar trabalho para as brasileiras. Depois de um ataque para fora de Gabi, as rivais abriram sua maior vantagem na partida até ali, com 8/5 no placar. Mas, na volta do tempo técnico, o Brasil chegou ao empate depois de um ataque para fora de Okomura. A virada veio em forma de paredão de Carol sobre Koga, abrindo 10/9. O Brasil, então, acelerou. Com autoridade, fechou a partida em 25/21.  (Globo Esporte)