A menos de cinco meses da Olimpíada de Tóquio, os brasileiros, no último fim de semana, perderam as últimas chances de conquistarem vaga olímpica no ciclismo pista (disputado em velódromo) e na escalada. Assim, já são sete modalidades em que o país não tem mais qualquer chance de participar no Japão.
Foi realizado na Alemanha o Campeonato Mundial de Ciclismo Pista, última competição que valia pontos para o ranking de classificação para Tóquio 2020, e não tivemos a presença de nenhum brasileiro. Assim, o país não vai ser representado na modalidade em Tóquio 2020. Em 2016, Gideoni Monteiro participou, quebrando um jejum de 20 anos do país sem participar do ciclismo pista.
No fim de semana tivemos o Pan-Americano de escalada, modalidade que fará sua estreia nos Jogos de Tóquio. Era a última chance de classificação do Brasil, e o melhor resultado foi de Cesar Grosso, em sétimo lugar.
Assim, faltando menos de cinco meses para a Olimpíada, já são sete as modalidades em que o Brasil não tem mais chances de vaga: ciclismo pista, ciclismo estrada, ciclismo BMX Freestyle, hóquei na grama, escalada, beisebol e softbol.
Softbol; — Foto: Divulgação/COB
É bom sabermos diferenciar esportes de modalidades. Um esporte pode conter várias modalidades, como é o caso do ciclismo. O esporte é o ciclismo, mas são cinco modalidades: BMX, BMX Free park, Mountain Bike, estrada e pista. O esporte canoagem é dividido em duas modalidades, slalom e velocidade. Os esportes aquáticos contêm cinco modalidades: águas abertas, natação, polo aquático, nado sincronizado e saltos ornamentais.
Em Tóquio 2020, portanto, serão 35 esportes e 50 modalidades.
O país já está classificado para 19 modalidades: atletismo, canoagem velocidade, canoagem slalom, futebol, ginástica artística, handebol, hipismo saltos, hipismo CCE, hipismo adestramento, natação, pentatlo moderno, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, vela, vôlei, vôlei de praia, surfe e rúgbi.
Em outras, o país está virtualmente classificado, esperando apenas a confirmação pelo ranking mundial que será fechado em maio, como os casos do judô, skate, esgrima, badminton, levantamento de peso e ciclismo mountain bike, ciclismo BMX, ou a espera dos pré-olímpicos, como boxe, luta olímpica, remo, ginástica rítmica, ginástica de trampolim e taekwondo.
Modalidades como o katá, o tiro esportivo, basquete 3×3 e o polo aquático ainda têm alguma chance, mas não são exatamente favoritos para conquistarem a vaga.
A expectativa é que o Brasil leve entre 270 e 280 atletas para os Jogos em pelo menos 35 modalidades.
Guilherme Costa Brasil em Tóquio blog — Foto: Reprodução