De acordo com os prognóstico da equipe ‘Favoritismo’ do Globo Esporte, o Bragantino é o grande favorito no duelo contra o Cuiabá na próxima rodada do Brasileirão. (Veja mais abaixo). As duas equipes se enfrentam na próxima segunda-feira, na Arena Pantanal. Confira as chances de cada equipe:
Flamengo e Atlético-MG se enfrentam neste sábado, no Maracanã, com expectativas muito diferentes. A produtividade do ataque mineiro vem crescendo, enquanto a do Flamengo, cai. No retrospecto como mandante, a equipe carioca tem uma vantagem imensa no confronto direto pela Série A e ainda tem dois jogos a mais para disputar. Na melhor das hipóteses para o Flamengo, a diferença que hoje é de 13 pontos pode cair para quatro se o Flamengo vencer o Atlético-MG e os dois jogos que tem a mais para disputar, sem contar os outros confrontos que disputarão até lá. Hoje, no entanto, estatisticamente, o Atlético-MG tem 87% de chances de ser campeão, e o Flamengo, 13%. O resultado deste fim de semana é determinante para o futuro campeão. A cada rodada, os clubes vão decidindo a agenda para 2022 e, por isso, apresentamos as chances de as equipes terminarem o Brasileirão em cada posição.
No quadro abaixo, a primeira linha apresenta a probabilidade percentual de cada time ser campeão. Isso muda a cada rodada, dependendo da combinação entre os resultados de cada time. A segunda linha mostra a chance de os times terminarem a competição na segunda posição e assim sucessivamente, até chegar nas últimas três linhas da tabela, que mostram o potencial de ficarem entre os quatro e os seis primeiros, conseguindo uma vaga na Libertadores 2022 de forma direta ou indireta (via fases eliminatórias), além da probabilidade de um time terminar o campeonato entre os 16 que prosseguirão na Série A no ano que vem. Quem chega a 100% na última linha, elimina o risco de rebaixamento.
— Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico
Favoritismos apresenta também o potencial que cada time carrega para a rodada #29 do Brasileirão comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e também nos últimos seis jogos independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira entre os gols por serem cobranças feitas diretamente para o gol. Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 80.775 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.316 jogos de Brasileirões desde 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual de cada equipe a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Athletico-PR
Em 14 jogos disputados com mando do Athletico-PR desde 2006, o Santos só venceu dois. Desta vez, o confronto ocorre com o ataque do Santos em seu momento menos produtivo no Brasileirão (linha preta no gráfico de xG) e com a defesa do Athletico-PR retomando seus melhores momentos (linha vermelha no gráfico de xG). A defesa santista é a menos resistente entre as visitantes no campeonato, com um gol sofrido a cada 7,2 finalizações contrárias. O Athletico-PR é o nono melhor mandante (6 V, 3 E, 4 D, 54%), e o Santos, o segundo pior visitante (1 V, 6 E, 7 D, 21%). O jogo tem potencial para gol aéreo porque dos últimos dez gols, o Athletico-PR levou sete dessa forma, e o Santos, oito. A equipe paranaense marcou seis assim, e o Santos fez a metade com bolas altas.
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Flamengo
Em 14 confrontos pela Série A de 2006 em diante, o Atlético-MG só venceu três vezes quando o Flamengo teve o mando. No entanto, como mostram as linhas pretas dos gráficos de xG, o ataque atleticano está em uma crescente, e o do Flamengo, em queda de produtividade. O Atlético-MG está com a defesa que menos tem permitido chances aos rivais na média de xG das últimas cinco rodadas (linha vermelha do gráfico). O Flamengo é o quarto mandante do Brasileirão (8 V, 1 E, 4 D, 64%), e o Atlético-MG é o segundo melhor visitante do Brasileirão (7 V, 4 E, 3 D, 60%).
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Juventude
O Juventude venceu um dos últimos 13 jogos (1 V, 7 E, 5 D, 26%). No mesmo intervalo, o Bahia tem 3 V, 5 E, 5 D, 36%. Curiosamente, o ataque do Juventude nos últimos cinco jogos tem produtividade média muito próxima de seus melhores momentos (linha preta do gráfico de xG), mas principalmente porque tem feito pouco no campeonato todo. A boa notícia para o torcedor gaúcho é que o Bahia levou seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas e não só o Juventude marcou dessa forma sete dos últimos dez como também 15 dos últimos 16. A má notícia é que a equipe levou sete dos últimos dez gols após bolas altas (e dez dos últimos 13), e o Bahia usou esse tipo de jogada para marcar seis dos últimos dez. O potencial de gol aéreo neste jogo é alto. O Juventude é o 12º mandante (5 V, 5 E, 4 D, 48%), e o Bahia é o 13º visitante (3 V, 4 E, 7 D, 31%).
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> América-MG
A chave está na resistência defensiva do América-MG, terceira maior entre os mandantes, com um gol sofrido a cada 15,6 finalizações contrárias e a oitava em finalizações sofridas (10,0). O Fortaleza é o segundo visitante em finalizações (13,8), mas com a 13ª eficiência, um gol em 11,4 tentativas. O trabalho defensivo do Fortaleza vem crescendo (linha vermelha do gráfico de xG), é o 12º visitante em finalizações sofridas (13,5) e o nono em resistência, com um gol sofrido a cada 11,8 finalizações contrárias. Embora seja o quarto visitante que mais finaliza (15,1), o América-MG tem a segunda menor eficiência ofensiva, um gol a cada 17,6 tentativas. O jogo tem forte potencial para gol a partir de jogadas aéreas porque o América-MG marcou sete dos últimos dez gols dessa forma e sofreu seis, assim como o Fortaleza marcou e sofreu seis dos últimos dez usando bolas altas. O América-MG é o 12º mandante do Brasileirão (5 V, 5 E, 4 D, 48%), e o Fortaleza, que jogou no meio de semana pela Copa do Brasil, é o quinto melhor visitante (6 V, 3 E, 5 D, 50%).
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Empate
Em 14 jogos pela Série A de 2006 para cá com mando gremista, a metade acabou empatado. No entanto, o ataque palmeirense vive seu momento de maior produtividade no Brasileirão (linha preta do gráfico de xG), em parte às custas da força defensiva. O Grêmio é o quarto pior mandante (4 V, 5 E, 4 D, 44%), e o Palmeiras, o quarto melhor visitante (6 V, 2 E, 5 D, 51%). As duas equipes marcaram seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, mas o Palmeiras só sofreu três assim, enquanto o Grêmio sofreu a metade dos últimos dez gols após a bola viajar pelo alto. O Grêmio é o time que mais finaliza em contra-ataques (49 vezes), mas com a segunda menor eficiência (só três gols). Embora o Palmeiras já tenha levado cinco gols em contragolpes, em apenas um deles era visitante.
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Ceará
O Fluminense terá dois grandes desafios: o primeiro é ser o sexto visitante que menos finaliza (9,1), com a 11ª eficiência, um gol a cada 10,6 tentativas, e enfrentar a quinta defesa mandante mais resistente a finalizações, com um gol sofrido a cada 14,5 conclusões contrárias, levando 11,4 finalizações por jogo (sexta maior marca). A outra é que a equipe carioca fez seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, mas apesar de o Ceará ter sofrido dessa forma metade dos últimos dez gols, só em um dos últimos seis gols sofridos pela equipe cearense o adversário levantou a bola. Ou seja, o Ceará vem conseguindo fechar seu espaço aéreo nos últimos jogos. A equipe cearense é a sétima mandante em finalizações (14,5), com a 11ª eficiência (um gol em 11,9 tentativas), e a carioca, a quarta mandante que menos sofre finalizações (11,8), mas leva um gol a cada 10,3 (13ª eficiência). O Ceará é o quinto melhor mandante do Brasileirão (6 V, 6 E, 2 D, 57%), e o Fluminense, o décimo visitante (4 V, 4 E, 6 D, 38%).
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> São Paulo
O Internacional dá trabalho ao São Paulo quando visitante, com quatro vitórias e seis derrotas de 2006 em diante pela Série A. Nos últimos quatro confrontos nessas condições, o Inter venceu dois e empatou um, e o São Paulo só venceu um. Jogaço! O São Paulo perdeu o posto de ataque mais produtivo das últimas cinco rodadas, mas vive seu momento mais produtivo (linha preta do gráfico de xG), sem comprometer o trabalho defensivo (linha vermelha). O São Paulo tem a 12ª campanha mandante 4 V, 8 E, 2 D, 48%), e o Internacional é o oitavo visitante do Brasileirão (4 V, 6 E, 4 D, 43%). O Internacional é o segundo time que mais finaliza em contra-ataques (52), mas com a sexta menor eficiência (cinco gols é a sexta melhor marca, mas só fez dois quando visitante). O São Paulo só levou um gol em contragolpe quando mandante. O Inter fez seis dos últimos dez gols usando bolas altas, e o São Paulo, quatro. As duas equipes só levaram quatro dos últimos dez gols após bolas aéreas. O potencial maior é para gol rasteiro.
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Sport
Um embate de resistências defensivas: apesar de ser o quarto mandante que mais sofre finalizações (11,8), o Sport é o mais resistente a elas, com um gol sofrido a cada 20,6; e embora o Atlético-GO seja o terceiro visitante defensivamente mais exposto (16,0), é o terceiro mais resistente, com um gol sofrido a cada 16,0. Fora de casa, o Atlético-GO é muito mais preciso nas finalizações, com um gol a cada 8,7 tentativas (contra um gol a cada 14 quando mandante). O Sport vem com a pior eficiência ofensiva mandante (um gol a cada 29,2 tentativas). Um jogo muito difícil, mas o Sport venceu dois dos últimos três jogos em casa e empatou o outro. Nos últimos três jogos fora, o Atlético-GO tem uma vitória, um empate e uma derrota. O Sport é o segundo pior mandante do Brasileirão (3 V, 5 E, 6 D, 33%), e o Atlético-GO, o sétimo visitante (5 V, 3 E, 5 D, 46%). O Sport fez e levou seis dos últimos dez gols a partir de jogada aéreas; o Atlético-GO fez e levou quatro dos últimos dez após bolas altas.
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Bragantino
O Cuiabá se tornou um dos temores dos mandantes, incluindo ele próprio: tem a terceira pior campanha caseira (4 V, 5 E, 5 D, 40%) e vai receber o verdadeiro terror dos donos da casa, o Bragantino, melhor visitante da competição (7 V, 5 E, 2 D, 62%). Em seu campo, o Cuiabá tem média de um gol por partida, com 12,1 finalizações por jogo. O Bragantino também tem média de um gol sofrido quando visitante, com média de 14,1 finalizações sofridas. A diferença maior é que embora em casa o Cuiabá sofra em média 9,8 finalizações por jogo (sexta melhor marca), sofre um gol a cada 8,1, segunda menor resistência defensiva mandante. Já o Bragantino é o terceiro visitante que mais finaliza (13,7), com a segunda maior eficiência, um gol cada 8,0. O Cuiabá fez e sofreu seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o Bragantino só levou e marcou três dos últimos dez após bolas altas.
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Corinthians
O Corinthians não perde em casa há seis jogos (4 V, 2 E, 78%) e recebe a Chapecoense, que vem de três derrotas seguidas como visitante e perdeu cinco dos últimos oito jogos, com três empates. O Corinthians é o 11º mandante (5 V, 4 E, 4 D, 49%), e a Chapecoense, a pior visitante (1 V, 5 E, 8 D, 19%). Com média de 11,7 finalizações por jogo em casa (quinta pior marca), tem a quarta maior eficiência mandante, com um gol a cada 9,5 tentativas. A Chapecoense é a segunda visitante que mais sofre finalizações (16,4) e tem a quarta menor resistência, com um gol sofrido a cada 8,8. O Corinthians fez dois dos últimos dez gols a partir de bolas altas e levou sete; a Chapecoense fez metade dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas e levou seis.
Resultado
Favoritismos acertou 122 dos 268 jogos analisados, aproveitamento de 46%.
Metodologia
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 80.775 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.316 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.
Para esta edição do Brasileirão, o desempenho de um jogador passa a ser comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e passamos também a considerar o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.
De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.
O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo período de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.
Favoritismos está apresentando também gráficos com a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, que é representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe. A linha amarela mostra a diferença entre as produções dos ataques do time analisado e de seus adversários.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Bruno Murito, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Mateus Pinheiro, Roberto Maleson e Valmir Storti. (Favoritismo/Globo Esporte)