O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, rebateu sua correligionária do União Brasil, a suplente de deputado federal Gisela Simona. A parlamentar o acusou de “trair” o partido ao articular a saída para concorrer a prefeito de Cuiabá em outra agremiação política.

Botelho descartou a pecha de traidor diante de possível troca de partido para viabilizar sua pré-candidatura nas eleições do próximo ano. O caminho deve ser o PSD do minstro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro.

Ocorre que Botelho tem sido preterido no partido devido a existência de acordo firmado entre o governador e presidente do União Brasil em Mato Grosso, Mauro Mendes, com o deputado federal licenciado e chefe da Casa Civil Fabio Garcia. Para o chefe do Executivo, Fabio é o melhor nome para a disputa eleitoral na Capital.

Nesta quarta-feira (13), o presidente do Legislativo Estadual foi questionado pela imprensa sobre a forma como tem sido visto por Gisela Simona. Para ele, a pecha de traidor não lhe cabe, pois sempre atuou e defendeu as pautas de interesse do Governo do Estado e a eventual mudança trata-se de “opções políticas”.

“Traidor, jamais. Quem seria traidor? Quem lutou? Quem defendeu? Quem mais esteve à frente aqui defendendo? Se esse Governo está bem hoje, é graças a ações que nós fizemos aqui. E política é assim. Mudar de partido desde quando é traição? Não é traição, são opções políticas”, afirmou Botelho.

O parlamentar está preso no partido e só poderá deixar a sigla para viabilizar seu projeto em duas situações: Com liberação da sigla ou migrando para um partido recém-criado.

Atualmente, Botelho se aproxima do PSD, liderado por Fávaro, um ex-aliado do governador, o que tem travado a “liberação”. No entanto, quer uma definição do partido ainda neste ano para já iniciar a massificação do seu nome nas ruas.

“Eu espero ter uma conversa, no mais tardar na semana que vem, resolver de vez. Não podemos entrar no ano que vem [sem essa definição], é ruim para mim e para o Fabio. Porque tem que começar a fazer essa montagem dos pré-candidatos. Tem até março, ficaria dois meses para definir quem seria. [A definição] ocorre neste ano”, completou.

Indefinição deu holofote

Ainda nesta manhã, Botelho reconheceu que a indefinição interna no União Brasil colocou em evidência os dois nomes do partido para a disputa. Ele reforçou que segue com paciência e aposta no diálogo para tentar emplacar seu nome como candidato do partido.

“Eu vejo que isso é bom [holofote]. Está na mente das pessoas, estamos discutindo o assunto e paciência. Eu estou tendo paciência, política é assim, não é feita a força ou com imposições. É feita com negociações. Eu estou tentando. Sem querer, acabou se tornando [um mártir]. As discussões sempre foi encima disso e o nosso nome ficou aí. Acho que foi benéfico para mim e para ele. Ajudou um pouco [nas pesquisas]”, concluiu.

(Rdnews)