O deputado estadual Eduardo Botelho (União) negou que tenha recebido suposto convite para ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), até pelo fato de a vaga, sobretudo indicada pelo governo de Mato Grosso, não existir. A negativa foi dada nesta sexta-feira (14), em entrevista à Rádio Cultura, em Cuiabá.
“Ninguém falou nisso. Inclusive o governador não falou. Vamos fazer justiça nisso. […] Ele fez uma sugestão pra mim: ´Como amigo seu, eu sugiro que você fique na Assembleia. Quem sabe daqui uns quatro, cinco anos, surja uma vaga e você pode ir´. Então, foi apenas uma sugestão. Mas, eu disse que não, que vou continuar construindo a minha candidatura”, declarou o deputado.
O assunto passou a ser ventilado nos bastidores da política, mas também foi negado pelo governador Mauro Mendes (União) na última quinta-feira, durante a abertura do FIT Pantanal. “Eu não sou vazador de conversas. Nem dos meus pensamentos eu vazo, quem dirá da conversa que eu tenho. O Botelho já falou tudo o que tinha que falar”, disse.
Botelho está em uma disputa interna no União Brasil com Fábio Garcia para concorrer à Prefeitura de Cuiabá e tem se intensificando a cada dia dentro da legenda.
No entanto, o chefe do parlamento estadual confirmou que existem sim conversas entre ele e Mendes, em que o governador tanta dissuadi-lo a desistir da disputa, sem nenhum fato concreto que poderia desabonar a candidatura, como pesquisas de opinião. Botelho chegou a dizer que até a sua idade teria sido questionada, já que o cargo de prefeito de Cuiabá é muito desgastante.
“Eu disse que estou saindo de licença e que, quando eu voltar, nós vamos decidir como será isso [definição do nome]. Se nós vamos continuar juntos ou se não. E não tem problema nenhum”, explicou Botelho, sobre os próximos rumos dentro do União.
O chefe do Legislativo de Mato Grosso acrescentou ainda que não deve favor a nenhum político por conta de sua eleição em 2022 e que, se não houver uma regra clara, que não seja excludente, nas eleições de 2024, ele pode romper a parceria. “Eu não devo nada pra ninguém. Devo a Deus, em primeiro lugar, e ao povo que me elegeu. Por isso, eu vou aonde eu entender que for melhor para o povo de Mato Grosso”, disse Botelho.