O Botafogo publicou nesta sexta-feira o balanço financeiro da temporada 2020 com um déficit superior a 139 milhões, mais de seis vezes maior que o de 2019. O documento registra um passivo superior a R$ 1 bilhão, o que representa crescimento de cerca de R$ 108 milhões em comparação com o exercício anterior. O clube divulgou uma nota sobre o resultado:
“O cenário financeiro foi visivelmente agravado no último ano, mas é resultado de décadas de práticas de gestão não profissional. A nova Administração está engajada na transformação e reconstrução para um modelo profissional, eficiente e aderente com as melhores práticas de mercado” – Confira a íntegra no fim da matéria.
No ano passado, pessoas ligadas ao clube já davam o Botafogo como falido, como disse o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro em entrevista em outubro. Afundado em dívidas e temendo penhoras, que não param de chegar, o clube consegue manter em dia os salários de jogadores e funcionários graças a uma decisão judicial.
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A pandemia do novo coronavírus agravou o que já estava complicado. O Botafogo, assim como os outros clubes do Brasil, perdeu bilheteria e teve dificuldade de fechar com patrocinadores. Em comunicado recente, o CEO Jorge Braga disse que o prejuízo diário com o Estádio Nilton Santos chega a R$ 20 mil.
Em meio ao caos, o clube tenta seguir com o processo de transformação em empresa. O Botafogo tentou um primeiro projeto, que foi abortado antes do lançamento. No momento, outro plano está em discussão, mas está longe de ser unanimidade em General Severiano.
Nota oficial do Botafogo:
“O Botafogo disponibilizou nos seus canais oficiais, nesta sexta-feira (30/04), as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social de 2020. Em processo acelerado de construção de sólidos pilares de governança e transparência, o BOTAFOGO apresenta um quadro fidedigno, priorizando a qualidade das informações sobre a sua situação econômico-financeira. A opinião dos auditores independentes foi emitida sem ressalvas, o que não vinha ocorrendo em exercícios anteriores.
O cenário financeiro foi visivelmente agravado no último ano, mas é resultado de décadas de práticas de gestão não profissional. A nova Administração está engajada na transformação e reconstrução para um modelo profissional, eficiente e aderente com as melhores práticas de mercado. O presente e o futuro são bastante desafiadores, mas com uma abordagem profissional pretende-se resgatar a credibilidade e o aumento na capacidade de investimentos em todos os setores do Clube” (Globo Esporte)