Três visitantes têm potencial de vitória nesta rodada: o Athletico-PR contra o Goiás, o Botafogo enfrentando o Cuiabá e o Palmeiras no confronto com o Fortaleza. Entre os sete mandantes com maior probabilidade de ficar com os três pontos, o Bragantino é grande favorito, com 57% de chances ao receber o Avaí, a grande zebra da rodada #16.
Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 87.252 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.569 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Bragantino
Aparentemente, o time titular do Bragantino estava jovem demais, chegando a 21,8 anos na rodada #8, contra o Goiás. Depois disso, essa média subiu para próximo de 25 anos, e o nível de ameaça da equipe no ataque passou a subir, chegando próximo a dois gols pelas métricas de expectativa de gol (xG), linha preta do gráfico (acima), muito próximo do que o Avaí tem permitido a seus adversários (linha vermelha). O Bragantino é o 14º mandante (3 V, 2 E, 3 D, 46%) e perdeu cinco dos últimos oito jogos em casa (2 V, 1 E), mas o Avaí só venceu um dos 14 jogos que disputou como visitante (5 E, 8 D). O Avaí é o quarto pior mandante do Brasileirão (1 V, 1 E, 5 D, 19%). O jogo do Bragantino estava mais baseado em jogadas aéreas (nove de dez gols), mas agora passou a ter seis dos últimos dez em jogadas rasteiras, mesma marca dos últimos dez sofridos pelo Avaí. A equipe catarinense fez sete dos últimos dez gols em jogadas em trocas de passes, e o Bragantino sofreu sete dos últimos dez em jogadas aéreas. Curiosamente, o Avaí é o mandante mais eficaz do Brasileirão (um gol a cada 7,1 tentativas), mas fora de casa é o segundo menos eficiente (um gol a cada 15,3 chances). O Bragantino é o quinto mandante mais eficaz (um gol a cada 8,6 chances), mas o quarto menos produtivo, com média de 11,9 conclusões por partida.
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Favorito >> Fluminense
Um jogo que já nasce histórico: o atacante Fred é tão querido, que toda a equipe vai dar o máximo para lhe presentear com uma vitória em sua última partida profissional. Aliás, parabéns, Fred. Saúde! Fisicamente, a equipe carioca terá a vantagem de ter tido a semana livre para se preparar, enquanto o Ceará jogou no meio de semana contra o The Strongest, vencendo por 3 a 0 e se classificando para as quartas de final da Sul-Americana. Uma vitória dessa é revigorante, mas ainda assim, desgastante. É de se esperar que o Fluminense coloque pressão desde o início. A linha preta dos gráficos de xG mostram bem como a equipe carioca tem um nível de ameaça crescente no ataque, enquanto o do Ceará cai. Ainda assim, o Fluminense é o 11º mandante (4 V, 1 E, 3 D, 54%), e o Ceará, o oitavo visitante (3 V, 4 E, 1 D, 54%). A equipe cearense só perdeu três dos 20 jogos como visitante na temporada (12 V, 5 E, 68%). O Fluminense na temporada tem como mandante 15 V, 3 E, 5 D, 70%. O Ceará é a equipe que mais gols fez em contra-ataques no Brasileirão (seis) e a terceira que mais finalizou assim (30) e o visitante que mais fez gols assim (quatro), mas até aqui, o Fluminense não levou gol assim e é o sexto time que menos permitiu finalizações em contragolpes (22). Não será surpresa se o Fluminense fizer gol em jogada aérea porque o Ceará sofreu sete dos últimos dez gols dessa forma. De resto, assim como o Fluminense fez e sofreu metade pelo alto e metade por baixo, o Ceará também tem essa marca entre os dez últimos gols marcados.
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Favorito >> Athletico-PR
Embora seja o segundo mandante que menos finalize (média 9,7), o Goiás é o quarto mais eficaz, com um gol a cada 8,5 tentativas. Curiosamente, embora o Athletico-PR seja o segundo visitante que mais sofra finalizações (17,4), é o quarto mais resistente a elas, com um gol sofrido a cada 17,4 conclusões contrárias. Um parêntese: no Brasileirão, o Athletico-PR está invicto há nove jogos (seis vitórias nos últimos seis jogos e três empates, 78%), mas como mostra a linha vermelha do gráfico de xG, o nível de ameaça de seus adversários vem crescendo acentuadamente, superando o potencial de dois gols por partida. Nos últimos cinco jogos pelo Brasileirão, o Athletico-PR sofreu 110 finalizações, e só o Corinthians fez menos de 20, sendo que o Palmeiras fez 33. É um nível alto de exposição., principalmente se considerado que no ataque o Athletico-PR é o 11º visitante em finalizações (11,0) e o nono em eficiência, com um gol a cada 11,0 tentativas, um gol por jogo em média. O Goiás é o terceiro mandante que mais sofre finalizações (16,6), mas tem a terceira maior resistência a elas, com um gol sofrido a cada 16,6, um gol por jogo em média. Para o Goiás, a bola rasteira é que desperta emoções, com seis dos últimos dez gols marcados e sete dos últimos dez sofridos. Já para o Athletico-PR, é a bola aérea, com seis dos últimos dez gols marcados e oito dos últimos dez sofridos, sem contar pênaltis e faltas diretas. O Goiás é o 13º mandante (2 V, 4 E, 1 D, 48%), e o Athletico-PR, o terceiro melhor visitante (4 V, 1 E, 3 D, 54%).
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Favorito >> Coritiba
Um jogo para contra-ataques: não será surpresa se o Coritiba fizer gol assim: o Juventude é a segunda equipe que mais sofreu gols em contragolpes (cinco), e o Coritiba a terceira com mais gols dessa forma (quatro). Curiosamente, o Coritiba é o time que mais levou gols em contra-ataques (seis), mas o Juventude só fez um dessa forma. No agregado dos mandos, as duas equipes vêm encontrando dificuldades, mas a defesa do Juventude não consegue evitar as finalizações adversárias, como mostra a linha vermelha do gráfico de xG. Nos últimos seis jogos foram cinco derrotas e um empate. O Coritiba é o terceiro melhor mandante (5 V, 1 E, 2 D, 67%) e seu projeto para se manter na Série A em 2023 parece estar baseado nos jogos em casa, já que é ao mesmo tempo o pior visitante (0 V, 2 E, 5 D, 10%). O Juventude é o quinto pior visitante (1 V, 3, E, 3 D, 29%). As duas equipes fizeram a partir de jogadas aéreas oito dos últimos dez gols, sem contar pênaltis e faltas diretas, mas ambas só sofreram três dos últimos dez dessa forma. Será interessante ver como se dará esse confronto de estilos. O Juventude é o segundo visitante mais eficaz, com um gol a cada 9,0 tentativas, mas é o que menos conclui em gol, com média de 7,7 finalizações por partida. O Coritiba é o quinto mandante que mais sofre finalizações (12,8), mas com a oitava resistência, um gol sofrido a cada 14,6. No ataque, o Coritiba é o oitavo mandante em finalizações (15,0), com a 11ª eficiência, um gol a cada 10,9 tentativas, e o Juventude visitante que mais sofre finalizações (18,9), com a nona resistência, um gol sofrido a cada 11,0.
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Favorito >> Corinthians
A média de idade dos times titulares vem caindo, como mostra o gráfico acima, e as duas equipes devem poupar jogadores na rodada com foco nas quartas de final da Copa do Brasil. Embora o Corinthians tenha aberto ampla vantagem sobre o Santos (4 a 0) no jogo de ida, vem de um grande desgaste ao se classificar nos pênaltis pelas oitavas de final da Libertadores, contra o Boca Juniors. Já na Série A do Brasileirão, o Corinthians como mandante não vence o Flamengo desde 2016, com dois empates e três derrotas de lá para cá. Neste ano, o Corinthians é o melhor mandante (4 V, 3 E, 0 D, 71%), e o Flamengo, o décimo visitante (2 V, 2 E, 4 D, 33%). Embora seja o mandante que menos finalize (9,4), é o terceiro mais eficaz, com um gol a cada 8,3 tentativas. O Flamengo é o sétimo visitante que menos sofre finalizações (13,0), mas o quinto menos resistente a elas, com um gol sofrido a cada 8,7. No ataque, o Flamengo é o 12º visitante em finalizações (10,9), com a oitava eficiência, um gol por jogo. O Corinthians é o nono mandante em finalizações sofridas (10,7), mas o mais resistente a elas, com um gol sofrido a cada 37,5. O Corinthians fez e sofreu metade dos últimos dez gols em trocas de passes e metade em jogadas aéreas, sem contar pênaltis e faltas diretas, e o Flamengo marcou sete dos últimos dez gols em troca de passes rasteiros, e sofreu seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas.
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Atlético-MG
O Atlético-MG é o segundo melhor mandante do Brasileirão (5 V, 2 E, 1 D, 71%), com o segundo melhor ataque caseiro (1,88). O São Paulo é o décimo visitante (1 V, 5 E, 2 D, 33%), com a sétima defesa forasteira (1,25). Entre gols marcados e sofridos, as duas equipes têm influência de seis gols a partir de trocas de passes rasteiros, com exceção do ataque do Atlético-MG, que marcou nove dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas. O Atlético-MG é o segundo mandante que mais finaliza (18,0), mas com a 13ª eficiência, um gol a cada 11,1 tentativas. O São Paulo é o sexto visitante que menos sofre finalizações (12,8), mas tem a 12ª resistência, um gol sofrido a cada 10,2 finalizações contrárias. No ataque, o São Paulo é o décimo visitante em finalizações (11,1), com média de um gol por jogo, a 11ª eficiência. O Atlético-MG é o mandante que menos permite finalizações a visitantes (8,3), mas com média de um gol sofrido por partida, tem a quinta menor resistência, um gol sofrido a cada 8,3 finalizações contrárias.
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Favorito >> Santos
O Santos vai para o jogo sem técnico, demitido após a eliminação na Sul-Americana, em casa, nos pênaltis contra o Deportivo Táchira-VEN. O Atlético-GO se classificou para as quartas de final da mesma competição, também nos pênaltis, e costuma dar trabalho para o Santos: em seis jogos com mando paulista pela Série A, foram duas vitórias para cada lado de 2006 para cá. O Santos é o 13º mandante (3 V, 3 E, 2 D, 50%). O Atlético-GO é o quinto pior visitante (1 V, 3 E, 3 D, 29%). Após sete vitórias consecutivas em casa na temporada, agora o Santos não vence em casa há sete jogos (5 E, 2 D, 24%), contando dois pela Sul-Americana, e precisará de muita atenção para encerrar esse jejum porque além de o Atlético-GO ser a segunda equipe que mais finaliza em contra-ataques no Brasileirão (35) e a segunda que mais fez gols assim (cinco), o Santos é a quarta equipe que mais sofre finalizações em contra-ataques (29), ainda que não tenha sofrido gol dessa forma até aqui no Brasileirão (já na Sul-Americana foi eliminado sofrendo um gol exatamente assim). O Santos é o oitavo mandante em finalizações (15,0), com a décima eficiência, um gol a cada 10,0 tentativas. O Atlético-GO é o 14º visitante em finalizações sofridas (15,1), mas tem a 14ª resistência, um gol sofrido a cada 8,8 finalizações contrárias. No ataque, o Atlético-GO é o 13º visitante em finalizações (10,9), com a 12ª eficiência, um gol a cada 12,7 conclusões. O Santos é o segundo mandante que mais sofre finalizações (15,6), mas com a quarta maior resistência a elas, um gol sofrido a cada 15,6 finalizações contrárias. O jogo tem potencial para gol aéreo do Santos porque as duas equipes fizeram e sofreram seis dos últimos dez gols dessa forma, com exceção da defesa santista, que levou a partir do jogo aéreo apenas três dos últimos dez gols.
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Favorito >> Palmeiras
A partida tem forte potencial para gol do Palmeiras a partir de jogada aérea, característica que já teve forte influência na eliminação do Fortaleza da Libertadores no meio de semana, quando levou dois gols assim do Estudiantes, na Argentina, e perdeu por 3 a 0. Dos últimos dez gols que o Fortaleza levou, oito nasceram em jogadas aéreas, e o Palmeiras marcou nada menos que sete de seus últimos dez gols dessa forma, assim como também sofreu sete dos últimos dez gols a partir de bolas altas, mas o Fortaleza só fez quatro de seus últimos dez gols explorando o jogo aéreo. O Fortaleza é o terceiro pior mandante do Brasileirão (1 V, 4 E, 3 D, 29%), com o pior ataque (0,50), mas a quinta melhor defesa (0,75) caseira, e o Palmeiras é o melhor visitante (4 V, 3 E, 0 D, 71%). com o melhor ataque (1,57) e a melhor defesa (0,57) forasteira. Embora seja o terceiro mandante que mais finalize (16,6), o Fortaleza tem a pior eficiência caseira, um gol a cada 33,3 tentativas. O Palmeiras é o quarto visitante que menos sofre finalizações (12,1) e tem a segunda maior resistência a elas, um gol sofrido a cada 21,3 conclusões contrárias. No ataque, o Palmeiras é o visitante que mais finaliza (16,3), com a quinta maior eficiência, um gol a cada 10,4 chances. O Fortaleza é o sétimo em finalizações sofridas (10,5), com a nona resistência, um gol sofrido a cada 14,0 conclusões contrárias.
*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Botafogo
O Cuiabá é o quarto pior mandante (1 V, 4 E, 2 D, 33%), com o segundo pior ataque (0,57), mas com a terceira melhor defesa caseira (0,71). O Botafogo é o segundo melhor visitante (4 V, 3 E, 2 D, 58%), com o quinto melhor ataque (1,25) e sétima defesa (1,25) forasteira. O Cuiabá fez e sofreu metade dos últimos dez gols a partir de troca de passes rasteiros e metade em jogadas aéreas e o Botafogo fez e sofreu seis dos últimos dez gols em jogadas aéreas. O Cuiabá é o terceiro mandante que menos finaliza (11,4) e o terceiro menos preciso, com um gol a cada 20,0 tentativas. O Botafogo é o 12º visitante em finalizações sofridas (14,6), e o oitavo em resistência, com um gol sofrido a cada 11,7 finalizações contrárias. No ataque, o Botafogo é o sexto visitante em finalizações (12,1), com a sétima eficiência, um gol a cada 10,8 tentativas. O Cuiabá é o 13º mandante em finalizações sofridas (11,6), mas com a segunda maior resistência a elas, um gol sofrido a cada 20,3 finalizações contrárias.
— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Internacional
O Internacional é o décimo mandante (3 V, 3 E, 1 D, 57%), com o terceiro melhor ataque caseiro (13 gols, média 1,86). O América-MG é o terceiro pior visitante (1 V, 1 E, 6 D, 17%), com o pior ataque forasteiro (3 gols, 0,38) e a 11ª defesa (12 gols sofridos, 1,50), que levou gol em todos os oito jogos que disputou fora de casa. Ainda assim, o Internacional precisará redobrar os cuidados com a defesa de seu espaço aéreo porque dos últimos dez gols que a equipe mineira marcou, seis nasceram em bolas altas, e o Inter sofreu sete dos últimos dez a partir de jogadas aéreas, mesma marca da defesa do América-MG, a diferença é que o Inter só fez dois dos últimos dez usando bolas altas. Não será surpresa se o Internacional fizer gol em contra-ataque: a equipe gaúcha já marcou quatro gols assim (terceira maior marca) e é a quarta que mais finaliza assim (30). Já fez três gols em contragolpes quando mandante e lidera o ranking caseiro. O América-MG é a segunda equipe que mais sofreu gols em contragolpes (cinco), sendo três quando visitante, segunda pior marca defensiva forasteira. O Internacional é o 11º mandante em finalizações (14,1), mas tem a terceira maior eficiência, com um gol marcado a cada 7,6 tentativas. O América-MG é o sexto visitante que mais sofre finalizações (15,6), com a décima resistência, um gol sofrido a cada 10,4 conclusões contrárias. No ataque, o América-MG é o sétimo visitante em finalizações (11,8), mas com a pior eficiência forasteira, um gol a cada 31,3 tentativas. O Internacional é o sexto pior mandante em finalizações sofridas (12,0), com a 13ª resistência, um gol sofrido a cada 10,5 conclusões contrárias. As duas defesas apostam muito na linha de impedimento: o Internacional é o terceiro que mais deixou adversários em impedimento (31), e o América-MG, o quinto (29).
Metodologia
Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2022 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 87.252 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.569 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.
O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.
De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.
O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.
Favoritismos apresentará também gráficos com a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, que é representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe. A linha amarela mostra a diferença entre as produções dos ataques do time analisado e de seus adversários.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Felipe Tavares, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti. (GE/Espião Estatístico)