O Botafogo apresentou nesta segunda-feira o volante Tchê Tchê, que assinou contrato até dezembro de 2024. Ele vestirá a camisa 6, umas das mais tradicionais do clube carioca que marcou época com o lendário Nilton Santos. Depois de passar por clubes como Palmeiras, São Paulo e Atlético-MG, Tchê Tchê deixou claro que chega para um enorme desafio em um dos gigantes do futebol brasileiro. E avisou que o Botafogo está no caminho certo para retomar o caminho dos títulos.
– Vejo o Botafogo como um grande, pela história. Sinto um privilégio por estar aqui, as coisas estão caminhando por uma mudança bem grande – disse em sua apresentação.
Tchê Tchê, de 29 anos, passou o último ano no Galo, pelo qual venceu Brasileirão, Copa do Brasil, Supercopa do Brasil e Campeonato Mineiro. Em 2022, ele perdeu espaço e estava em fim de empréstimo do São Paulo, que desejava negociar o atleta. O Bota aproveitou o momento para garantir o reforço por menos de R$ 5 milhões.
O jogador fez na sexta-feira passada o primeiro treino pelo Botafogo. O reforço anunciado na última quinta já passou por exames, assinou contrato e começou as atividades junto do restante do grupo.
VEJA TRECHOS DA COLETIVA DE TCHÊ TCHÊ
Estilo musical que embala o Tchê Tchê
– Venho para escrever minha história, ídolo na música não tenho, gosto muito do trap. Até quando me anunciaram como sertanejo falei que não tinha muito a ver comigo, mas faz parte. Ficou bacana.
Reação após o acerto com o Botafogo
– Quando eu fiquei sabendo (do acerto) comecei a olhar tudo para chegar no clube para ficar sabendo. Conversei também com o Patrick, que brincou comigo. Sempre procuro me ambientar o mais rápido possível, procuro analisar bastante. Mas quando sou perguntado sobre algo, respondo. Só abro a boca para falar o que acho pertinente.
Primeiro contato com o Luís Castro
– Eu tive uma conversa breve com ele na minha chegada, é um cara que cobra bastante sobre tática. Explica bastante nos treinamentos, mas vi que é uma forma bem séria. Sobre minhas características, se for uma coisa especial e em algum jogo faltar alguém todos sabem que já fiz várias funções. Mas me vejo como meio campo, a maneira que prefiro.
Tchê Tchê vai utilizar a camisa 6 no Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo
Status de reforço de peso
– Não vejo como responsabilidade pesada, mas legal. Mostra que trabalho bem, sou uma pessoa bem séria. Sei brincar no momento certo e ser sério também em qualquer situação. Venho de clube que tem ganhado tudo, agora vamos lutar para as coisas acontecerem aqui, a história do Botafogo é gigante. Só falta a gente retomar o caminho dos títulos.
Amizade com Patrick de Paula
– Eu brinco com ele, vi ele juvenil no Palmeiras. Até fiz uma brincadeira com ele no primeiro dia que cheguei. Mandei áudio pra ele e disse “Patrick, o pessoal do Botafogo me deu a camisa número 8″. E ele mandou mensagem dizendo que estava tranquilo, mas depois mandei um vídeo pra ele rindo, feliz pelas conquistas e sucesso no Palmeiras por ele, espero que a gente consiga isso aqui.
Chance de fazer história no clube
– De verdade eu venho para fazer uma nova história. O que passou já passou, não adianta chegar com nome aqui. Quem atua em alto nível tem que entender as cobranças. Sobre o treinador, como eu disse, já deu para ver que tem uma maneira séria de trabalhar. Só fiz dois treinamentos, mas já vi que posso aprender bastante.
Humildade, a receita do sucesso
– As pessoas, de maneira geral, veem os jogadores como simplesmente o cara que tem que ter resultado, e os problemas dele que fiquem fora do clube. Meu segredo é a humildade, falo no momento certo, trabalho bastante, fico sempre analisando, procurando como posso ajudar com atitudes mais do que palavras. Podem cobrar minha entrega total dentro do campo. Vim do nada, sei como é. Nunca passei fome, tive muita dificuldade quando era pequeno. Respeito todo mundo como pessoa. Desde quem limpa o gramado e faz a comida, esse é o grande segredo.
Vitória sobre o Ceará e ambiente no clube
– Fiquei muito feliz com a vitória ontem (domingo), até brinquei e falei que estou muito contente. A gente sabe que não é fácil jogar lá, o Ceará vem crescendo nos últimos anos. O campo também não está legal, não vamos ser hipócritas, mas chegar num lugar com uma vitória é mais fácil de trabalhar. É um clube de tradição, clube grande, meu desafio é conseguir títulos do tamanho do Botafogo. Há profissionais muito qualificados aqui. Chego da melhor maneira aqui, muito confiante. Contente de ter conquistado tudo, menos a Libertadores, no ano passado.
Preparado para o desafio
– Eu acho que estou preparado para que as coisas aconteçam. Se eu chego dessa maneira (status de grande reforço), como eu disse ficou no passado. Vou construir minha história aqui, retribuir todo carinho e confiança. Não vejo de forma pesada nem a camisa 6 e nem a confiança. Vou trabalhar do mesmo jeito.
Expectativa pela estreia e encontro com a torcida
– Já cheguei preparado, mas não deu tempo de ser inscrito por conta do feriado. Mas já estou apto, quando o professor achar que posso ir para o jogo estarei pronto. Vi a festa da torcida (contra o Corinthians), foi uma festa muito bonita. Claro que eles carregam uma expectativa muito grande, todos esperam que as coisas aconteçam, claro que demanda tempo e paciência. (GE)