Foi um clássico animado na tarde deste domingo, com quatro bolas na trave no Nilton Santos, duas para cada lado. Mas o empate sem gols caminhava para ser terrível tanto para Botafogo quanto para o Vasco. Até que a estrela de Igor Cássio, que saiu do banco no segundo tempo, brilhou em contra-ataque nos minutos finais. Vitória suada por 1 a 0 que mantém o Alvinegro vivo na Taça Guanabara e elimina o Cruz-Maltino, que jogou com um time reserva por priorizar a Copa Sul-Americana.
Como fica?
Com a terceira vitória seguida, o Botafogo entrou na zona de classificação no Grupo A para a semifinal da Taça Guanabara com nove pontos, um atrás do líder Boavista e dois à frente do Flamengo, que tem um jogo a menos. Para continuar dependendo só de si na última rodada, o Alvinegro precisará secar o Rubro-Negro, que enfrenta o Resende nesta segunda-feira no Maracanã. Por sua vez, o Vasco continuou estacionado com quatro pontos na Chave B e não pode mais alcançar Fluminense, com 12, e Madureira, com 10.
Os 90 minutos
Apesar do placar magro, foi um jogo bem movimentado desde o primeiro tempo. Logo aos 10 minutos, Vinícius carimbou a trave do Botafogo, que respondeu seis minutos depois com Kanu, desviando cruzamento também para a baliza. Aos 36, foi a vez de Luis Henrique fazer grande jogada, invadir a área e soltar a bomba na trave do Vasco, que devolveu na mesma moeda sete minutos depois: de novo com Vinícius, completando cruzamento de letra, e a bola ainda bateu em Gatito antes. Seria um golaço. Na etapa final, o Cruz-Maltino voltou melhor e parecia ter mais fôlego conforme o tempo ia passando. Mas quando o time de Abel Braga parecia mais perto do gol, o Alvinegro matou o jogo em um contra-ataque que começou com um lançamento primoroso de Caio Alexandre para Bruno Nazário, que deu a assistência para Igor Cássio.
Crise vascaína
Diferentemente da derrota para a Cabofriense na sexta-feira, o Vasco desta vez jogou bem, mesmo com time reserva. Destaque para o garoto Vinícius, que infernizou a defesa do Botafogo enquanto teve perna. Mas o resultado esconde o desempenho e aumenta a pressão interna no clube e sobre o técnico Abel Braga, que voltou a ser alvo de protestos no final do jogo. Junto dos problemas financeiros que acarretaram nos salários atrasados, o cenário aumenta os contornos dramáticos para a estreia na Sul-Americana. (Globo Esporte)