O morador de Comodoro, Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32 anos, virou réu numa ação penal na Justiça do Distrito Federal pela suspeita de planejar a instalação de uma bomba nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, nas proximidades do Natal de 2022.  A decisão do juiz da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal, Osvaldo Toavani, atendeu pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Também se tornaram réus outros dois apoiadores do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Trata-se de George Washington de Oliveira Souza e Wellington Macedo de Souza. Todos são acusados dos crimes de explosão e a pena poderá ser de até três anos a seis anos de reclusão e multa.

Em depoimento à Polícia Federal, George Washington Souza admitiu que gastou até R$ 170 mil com armas para executar um atentado em parceria com o mato-grossense Alan Diego dos Santos. Atualmente, os três estão presos no Complexo da Papuda em Brasília (DF).

Segundo o depoimento de George, a ideia inicial era explodir uma bomba no estacionamento do aeroporto. O alvo teria sido mudado depois para um poste duplo de uma subestação de energia em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal, para provocar falta de energia e dar “início ao caos que levaria a decretação do estado de sítio”. Ele, então, preparou a bomba com o temporizador, que lhe teria sido entregue por outro frequentador do acampamento, e o artefato teria sido entregue a Alan. A bomba tem acionamento remoto e, segundo os investigadores, houve tentativa efetiva de explodi-la, mas o artefato falhou.

Natural de Comodoro, Alan Diego atua como eletricista. Ele é funcionário da empresa “Bom Futuro”, que desenvolve o planejamento estratégico das atividades na capital do estado, Cuiabá. Em 2016, Alan Diego foi candidato a vereador pelo PSD (Partido Social Democrático), mas não se elegeu.