Boca Juniors e Santos ficaram no 0 a 0 na noite desta quarta-feira, na Bombonera, pelo jogo de ida das semifinais da Copa Libertadores. Um duelo que poderia ter resultado ainda melhor ao Peixe se o árbitro paraguaio Roberto Tobar tivesse marcado pênalti de Izquierdoz em Marinho, no segundo tempo, num lance checado pelo VAR mas que não chegou a ser observado por Tobar no vídeo à beira do gramado.
Lance polêmico à parte, foi um duelo brigado no meio de campo, com algumas chances claras dos dois lados – chute na trave de Villa e finalização “furada” de Marinho, por exemplo. A decisão da vaga na final, porém, fica para a Vila Belmiro na próxima quarta.
Como fica?
Santos e Boca voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, às 19h15 (de Brasília), na Vila Belmiro. Novo 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis, enquanto qualquer empate com gols ou vitória do Boca dão a vaga aos argentinos – gol fora de casa é critério de desempate. Ao Peixe, só a vitória interessa para avançar no tempo normal.
Espírito de Libertadores
Independentemente do que acontecer na próxima quarta-feira, o Santos terminará a Libertadores sem uma derrota sequer fora de casa. Assim como já havia feito em Quito, contra a LDU, e em Porto Alegre, na Arena do Grêmio, o Peixe não se intimidou longe da Vila Belmiro e controlou o Boca em muitos momentos da partida. Em seis jogos como visitante, foram quatro vitórias e dois empates. Não fossem a falta de pontaria e o pênalti não marcado, a equipe de Cuca poderia voltar ao Brasil com resultado excelente.
Primeiro tempo
Um jogo controlado, no limite das duas equipes, brigado, com cara de Libertadores. Santos e Boca tentaram o domínio do meio-campo e só atacaram na segurança – o time da casa levou perigo em falhas individuais do Peixe, como uma saída errada de Lucas Veríssimo que terminou em chute na trave de Villa e um erro de Luan Peres que foi salvo pelo próprio Veríssimo. No ataque, o Santos de Cuca contou com um Soteldo inspirado, entre o meio e a esquerda, enfileirando adversários e quebrando linhas de marcação. Mesmo assim, faltou finalizar mais: e nesse quesito, Marinho acabou pecando. Villa, com imposição física e velocidade, deu trabalho a Pará e depois a Felipe Jonatan. O 0 x 0 foi justo.
Segundo tempo
O Boca voltou na pressão, criando uma boa chance com Salvio logo no primeiro minuto. A esse lance, seguiu-se um breve domínio dos argentinos, que aproveitaram a marcação mais frouxa do Santos e passaram a rondar a área defendida por John. O Peixe melhorou, curiosamente, quando um de seus craques saiu – Soteldo deu lugar a Sandry, que rearrumou o meio-campo e deixou a equipe mais segura. Então, com a bola nos pés, o time conseguiu trocar passes e levar perigo ao goleiro Andrada em chutes de Marinho, Sandry e Lucas Braga. Depois, num ataque em velocidade, Marinho foi derrubado na área por Izquierdoz, mas o árbitro nada marcou. O empate sem gols ficou de bom tamanho para os dois lados.
Próximos jogos
Antes de reencontrar o Boca, o Santos tem clássico contra o São Paulo no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Morumbi, pela 29ª rodada do Brasileirão. (Globo Esporte)