Por algum tempo, sobrou vontade, mas faltou eficiência. Aos poucos, porém, os arremessos passaram a entrar, e o Brasil passou como quis pela Argentina no segundo jogo da Copa América feminina, em San Juan, em Porto Rico. Clarissa, como um trator, liderou o time de garrafão a garrafão, enquanto Patty garantiu a folga no placar: 76 a 49. Com o resultado, o Brasil deu passos largos às semifinais e à vaga no Pré-Olímpico das Américas.

Invicto até aqui, o Brasil folga nesta terça-feira e, depois, tem mais dois jogos pela frente na Copa América, contra Paraguai, na quarta-feira, e Estados Unidos, na quinta. Na competição, os oito primeiros colocados garantem vaga no Torneio Pré-Olímpico das Américas, em novembro. E os dois primeiros de cada grupo avançam às semifinais.

Depois de uma estreia sem muita inspiração contra a Colômbia, o Brasil mudou completamente de postura nesta terça contra as Argentinas. De volta ao time titular, Clarissa foi o grande nome da partida: marcou 13 pontos e somou 16 rebotes. Patty, com 15 pontos, foi a cestinha e outro destaque da noite. Pela Argentina, Andrea, com 10 pontos, foi o principal nome do time.

Vitória com sobras

A apatia de boa parte da estreia ficou para trás logo de cara. Com outra postura, o Brasil teve um bom início de jogo contra a Argentina. Com uma marcação agressiva e bem no garrafão ofensivo, o Brasil abriu 5 a 2 pelas mãos de Damiris e Clarissa, de volta ao time titular. As rivais se mostraram nervosas na abertura e logo estouraram o limite de faltas. Só que a mão brasileira parecia descalibrada, principalmente nos lances livres e nos arremessos de três pontos. O placar estacionou nos 5 a 2 por um bom tempo, depois de o time de José Neto desperdiçar chances em sequência. Ainda assim, no fim do quarto, o Brasil estava à frente: 13 a 8.

Patty foi outro destaque do Brasil  — Foto: Divulgação

Patty foi outro destaque do Brasil — Foto: Divulgação

O Brasil cresceu em eficiência no segundo quarto e disparou no placar. Em pouco tempo, abriu 23 a 8, impedindo qualquer tentativa de reação das argentinas. Àquela altura, Clarissa era o grande nome da noite. A defesa brasileira seguiu aparecendo bem. Até o fim do primeiro tempo, a Argentina marcou apenas mais quatro pontos, e o Brasil foi para o intervalo com 27 a 12.

A Argentina cresceu no terceiro quarto, muito pela entrada de Luciana. Mas nada que assustasse muito o domínio do Brasil. Nem a saída de Damiris, poupada até o último quarto ao chegar a quatro faltas – seria eliminada mais tarde –, fez com que a seleção de Neto diminuísse o ritmo: 56 a 34. Na reta final, a seleção precisou apenas manter a pegada. (Globo Esporte)