Durante sua fala na abertura do 59º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, deixou a beca e a imparcialidade de jurista para se manifestar e deixar claro seu lado comunista, na noite desta quarta-feira, 12 de julho.
Durante sua fala, o ministro disse que derrotou o bolsonarismo e foi vaiado por estudantes ligados à Juventude Faísca Revolucionária e ao Movimento Revolucionário de Trabalhadores seguravam cartazes com dizeres como “Barroso: inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016.
“Aqueles que gritam, que não colocam argumentos na mesa, isso é o bolsonarismo. Lutei contra a ditadura e contra o bolsonarismo”, disse.
Deputados e senadores de oposição anunciaram nesta quinta-feira (13), que pretendem apresentar pedido de impeachment do ministro.
Nas redes sociais, o líder da oposição da Câmara, deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), falou em crime de “exercer atividade político-partidária” e questionou se a declaração seria “normal”. “Escrachou de vez? Imagine um ministro do STF dizendo numa palestra que eles “derrotaram o lulo-petismo”. A oposição entrará com processo de impeachment contra Barroso por cometer crime de “exercer atividade político-partidária”, previsto no art. 39, da lei 1079/50”, escreveu o deputado, no Twitter.
O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) também criticou Barroso e afirmou que, com a declaração pública contrária à direita, “fica claro que suas decisões sempre serão tendenciosas”. O ex-presidensiável Felipe D’Avila (Novo), por sua vez, comparou a postura do ministro a de um militante político. “Uma vergonha que mancha ainda mais a imagem desgastada do Supremo Tribunal Federal”, escreveu.