Existem estudos elaborados sobre o acúmulo de gorduras corporais, principalmente na parte mais indesejável do corpo, o abdome, aquela famosa “brochete”, barrando o sonho da barriga “seca”. Essa gordurinha localizada atinge a população de modo geral, inclusive a mais incomum, à exemplo dos quilombolas. Estudos feitos juntamente com essa comunidade em 2019, constataram prevalência de obesidade abdominal em alta entre eles, sendo maior nos idosos, hipertensos, fumantes e ex-fumantes, especificamente em comunidades quilombolas do norte de Minas Gerais, sobretudo em mulheres.

 Pesquisas comprovam que esse mal   atinge um grande número da população mundial e está presente tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. No Brasil, o maior estudo de base populacional sobre o tema, a Pesquisa Nacional de Saúde, PNS, evidenciou   uma superioridade de obesidade abdominal de 38%, desse número 22,3% no sexo masculino e 52% no sexo feminino, imagem do agravamento desse surto nas zonas rurais e urbanas.

 Já em estudos elaborados por especialistas, a região abdominal é a parte do corpo onde existem mais receptores de gordura, tanto que as células relacionadas estão localizadas sobre a pele embaixo da derme e entre as vísceras. Elas são formadas por triglicerídeos, ou seja, três ácidos graxos e uma molécula de glicerol. Essa substância é resultado de nossa má alimentação. Tanto que o armazenamento acontece quando consumimos mais do que gostamos. A partir daí as células pressionam os vasos sanguíneos presentes no tecido, transformando ele em vascularizado. Nesse momento o tecido adiposo tornando inflamado.

O acúmulo de gordura na região da barriga é cientificamente comprovado como mais prejudicial à saúde. Além de deixar o corpo esteticamente feio. A gordura visceral, quando há gordura nas vísceras do abdômen, é considerada a mais perigosa, pois fica próxima aos órgãos vitais e do sistema circulatório. Tanto a gordura subcutânea quanto a visceral são prejudiciais, mas a segunda é ainda mais preocupante e está relacionada com Acidente Vascular Cerebral (AVC), Diabetes tipo 2, Hipertensão, Esteatose hepática, gordura no fígado e Resistência a insulina e Mudanças gastrointestinais, Disbiose e Câncer.  Segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para reduzir os riscos de problemas cardiovasculares, a circunferência abdominal não deve ultrapassar 102 centímetros nos homens e 88 cm nas mulheres.

Uma alimentação saudável ajuda a eliminar a barriga, além de manter a saúde em dia.  Entre esses alimentos estão: grãos integrais, farelo ou flocos de aveia integral, linhaça em farinha ou semente, chia integral, quinoa, gérmen de trigo e gergelim.  São ricos em fibras   e contém magnésio e cromo, que ajuda você a secar barriga, reduzindo o organismo a utilizar mais os carboidratos como fonte de energia e absorve mais proteínas. Auxilia também a reduzir a glicemia.  O Cromo e o magnésio mantêm o equilíbrio dos níveis de cortisol, hormônio que, se estiver alto, direciona a gordura para ser armazenada em torno da cintura e diminui a produção de insulina. Lembrando que o alto nível de insulina também colabora para o acúmulo de gordura em torno da barriga.  Já o ovo é o  segundo melhor alimento. Contém vitaminas B6, B12, A, D, E e K, ácido fólico, colina, luteína, cálcio, ferro, fósforo, zinco e omega3. Um corpo nutrido e saudável, propicia mais emagrecimento. Além disso, ele vai mantê-lo sem fome por longos períodos. Escolha os ovos de galinhas caipiras para ter nutrientes mais saudáveis.

Alimentos com Vitamina C, que contém vitamina C, poderoso antioxidante, atua diminuindo a absorção de gordura pelo nosso organismo, além de conterem também a pectina que pode potencializar essa ação.  Veja os alimentos que têm boas quantidades de vitamina C em 100 g de alimento. Costumo dizer que tudo que você perde pode encontrar. Então vamos lá, o correto, como diz o ditado “ a palavra tem poder”. Então vamos expressar: ELIMINAR peso. Para isso   é necessário praticar os cinco pilares do emagrecimento saudável.  Eles estão dentro do método secando com saúde. O primeiro passo é escolher uma nutrição adequada. Em segundo reeducar a alimentação, e consumir de forma correta, desde que sejam saudáveis e nas quantidades que o seu organismo precisa. O alimento desempenha um papel fundamental que é nos nutrir. Mantenha contato   com a natureza para melhora   respiração, a mente, além de reduzir o estresse. Isso ajuda na produção de vitamina D e aumenta o foco e a concentração.

Aderir a prática de atividade física, é fundamental.  Reduz o risco de doenças cardiovasculares, diminui a pressão arterial, previne e controla o diabetes e melhorar insônia ajuda na circulação sanguínea.

Dormir bem e manter aquele descansado merecido no dia-a-dia resulta na liberação de hormônios que tem a finalidade de regular o metabolismo. E com ele funcionando bem conseguimos emagrecer com tranquilidade.  E durante o sono reparamos os hormônios. Dessa forma diminui a produção de grelina aumentando a liberação de leptina que é o hormônio relacionado com a produção da saciedade.

É importante gerenciar as emoções, isso ajuda você a melhorar seu trabalho, conseguindo controlar o estresse que mantém o   êxtase da pressão arterial. E que diminui os picos de cortisol, hormônio que colabora para o acúmulo de gordura. Sem contar que existem alimentos que fazem aumentar a gordura localizada e dificultam mulheres de secar a barriga. Entre eles estão os que contêm carboidratos, como farinha de trigo, que são as bolachas, biscoitos, pães não integrais, bolos confeitados e macarrão, por exemplo. Ou seja, alimentos mais propícios a depositar gordura. E que causam flatulência e distensão abdominal   em pessoas que têm sensibilidade de glúten, provocando desequilíbrio das bactérias intestinais, o que chamamos de disbiose, acarreta resistência à insulina.

O acesso de açúcar além de conferir o aumento da necessidade de energéticos diários também pode provocar o aumento das bactérias ruins no intestino.  No caso das bebidas alcoólicas, a famosa cervejinha, conhecida por formar a “ barriguinha saliente”. Por incrível que pareça não é da gelada a total culpa. Na verdade, todas as bebidas alcoólicas estão propícias ao acúmulo de gorduras abdominais.  O refrigerante não é diferente. É um dos principais vilões do aumento de gordura. Não têm valores nutricionais, além de obter grande qualidade de calorias, sódio, açúcar e ingredientes artificiais que acarretam sérios problemas à saúde. O consumo excessivo da bebida aumenta o pico e a retenção de líquidos, reduz a absolvição de nutrientes, desconforto abdominal, refluxo e insônia, ficando longe do sonho da barriga chapada.

 E os embutidos são ilusão? ou realidade? .  Na verdade, o maior inimigo   do consumo desses alimentos é a gordura saturada nos embutidos, sem contar com a quantidade de sódios, trazendo malefícios à saúde. Como a evolução da hipertensão arterial, fora a retenção de liquido no corpo, dando uma sensação de grande qualidade de peso.

 

*CARMEM CAMIRAN é nutricionista, em Cuiabá. Também é Coaching Nutricional e criadora do Método Secando com Saúde. 

Intagram:                                 @nutricarmemcamiran

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