O comandante-geral da Polícia Militar do Tocantins, coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça, afirmou que o bando que aterrorizou Confresa tinha previsão de roubar até R$ 60 milhões da empresa Brink’s no Município.
A declaração foi dada em entrevista ao programa JA1, da TV Anhanguera, com base no depoimento de Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, membro capturado da quadrilha do Novo Cangaço.
“É uma quadrilha do interior de São Paulo. Ele diz que estavam há praticamente um ano planejando esse assalto, que investiram muito dinheiro e que havia uma previsão de fazer um roubo em torno de R$ 50 a R$ 60 milhões”, afirmou o comandante.
O bando estimou a chegada do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) em três horas após o início dos ataques à Brink’s e à base da Polícia Militar no Município.
“Com duas horas e meia, eles abandonaram o cofre sem levar nenhum centavo, não conseguiram arrombar e empreenderam fuga sentido a Tocantins”, disse.
Operação de guerra
Segundo o comandante, a estrutura montada para capturar os ladrões é que tem possibilitado o sucesso da operação, que conta com os esforços policiais de cinco estados: Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Pará e Minas Gerais.
“Nós montamos uma grande estrutura para caçar esses que estão homiziados (escondidos) no mato, com helicópteros, com drones termais, com toda a logística possível. Montamos uma verdadeira operação de guerra com a integração de todos os estados para fazer a captura e dar resposta que tem que ser dada a esse tipo de crime”, afirmou.
“Essa integração, esse trabalho, essa estrutura, essa logística que foi montada lá é que tem nos proporcionado sucesso na operação até o momento”.
Segundo o comandante, os confrontos mostraram o preparo dos bandidos.
“A gente percebe que era uma quadrilha extremamente preparada, organizada. Nós estamos falando de crime organizado. Mas que teve essa resistência aqui na nossa região dessas cinco polícias que estão trabalhando de maneira integrada. Há de se ressaltar que esse trabalho é um trabalho fantástico e inédito no País”, disse.
Último confronto
Entrando no décimo dia de operação já foram sete pessoas neutralizadas, seis delas mortas em confronto e uma presa. Só no confronto mais recente, realizado nesta terça-feira (18), foram quatro baixas.
“Nesse adentramento houve uma intensa troca de tiros e confirmado até o momento, quatro assaltantes vieram a óbito nesse confronto e graças a Deus nenhum policial nosso ferido”.