Foi-se o tempo em que baixarias, ofensas e ataques a adversários no horário gratuito no Rádio e na TV rendiam dividendos eleitorais. Apostar nessa estratégia é certeza de caixão e vela preta! O eleitor está de olho mesmo é no ‘prontuário’ do candidato, nas propostas que apresenta e em seu histórico de interação com a comunidade.

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Aparecer apenas em época de eleição e se apresentar como salvador da pátria é tática ultrapassada. Uma candidatura majoritária não se constrói da noite para o dia na base da bravata, da falácia. É possível que o arranca-rabo e as refregas mais acaloradas ainda surtam algum efeito nos grandes centros urbanos, onde o sentimento de coesão social é menos consistente.

No entanto, nas cidades interioranas, de pequeno e médio portes, onde as pessoas se conhecem e se inter-relacionam no dia-a-dia, a regra de ouro continua sendo a de jogar limpo e respeitar o adversário. O debate político não pode ganhar contornos de briga de rua.  Aquele que ofende gratuitamente um adversário político, por vias obliquas, desrespeita, desmerece e falta com o respeito para com o eleitor.

Marqueteiros da velha guarda, que não se adaptaram aos novos tempos, não se reciclaram e continuam soprando brasa e levando tudo a ferro e fogo, podem ser bons de serviço, mas o resultado de seu serviço será sempre catastrófico para seus contratantes e para a edificação da sociedade que todos almejamos.

Em Tangará da Serra, o debate político mostra a maturidade dos protagonistas do pleito. O clima nas redes sociais e no horário reservado a propaganda eleitoral no Rádio e na TV ainda reflete serenidade, equilíbrio e cordialidade entre os candidatos a prefeito.

É provável que nos próximos dias, com o Dia D se avizinhando, esse ambiente de civilidade sofra alteração e alguém resolva adotar o estilo mata cachorro e partir para o confronto direto … consigo mesmo, porque candidato preparado e inteligente não cai em provocação.

Em Campo Novo do Parecis, o dono do trono, que tudo faz para não perder seu domínio, ordenou que seus áulicos e capachildos ocupem as redes sociais e disseminem com força total fake news contra seus opositores. Enquanto os mercenários digitais realizam o trabalho sujo, o reizinho do Chapadão do Parecis se apresenta como vestal da moralidade. A possibilidade de atuar na sombra e sob o anonimato encoraja os covardes.

Observando como está sendo conduzido o enfrentamento político em outros municípios de Mato Grosso, é possível deduzir que certos marqueteiros e alguns aloprados da política ainda não conseguiram fazer a leitura da mensagem inserida na eleição do presidente Jair Bolsonaro: o povo exige ética, honestidade e moralidade na política.

Ninguém sai de casa e vai às urnas para escolher quem xinga mais, quem ofende mais ou quem é bom de lábia. O eleitor busca segurança, paz social e um gestor que trate os munícipes com respeito e tenha sensibilidade humana para ouvir e apresentar solução para os problemas da cidade.

O candidato que tem esse perfil, não precisa usar flechas ou estilingue, não precisa atacar e nem tentar desconstruir o adversário. Ele constrói a si mesmo, dignifica sua história, trabalha pela união da sociedade e, naturalmente, conquista o respeito, o coração e o voto do eleitor. A Baixaria, de fato, está em baixa na política. Quem duvidar disso, será rebaixado também. Aguarde o resultado das urnas e confira.

*EDÉSIO DO CARMO ADORNO é advogado em MT e  Articulista em Mato Grosso.

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