O delegado Bráulio Cunha Junqueira, da delegacia de Sinop (distante 506 quilômetros ao norte de Cuiabá), concluiu que Edgar Ricardo de Oliveira, 30 anos, um dos autores da chacina que matou sete pessoas dentro de um bar da cidade, teve a intenção e atirou para matar a adolescente Larissa de Almeida Frazão, 12 anos. A informação consta no inquérito policial, concluído pela polícia no dia 15 de março.
Edgar está preso desde o dia 23 de fevereiro. Ele foi indiciado por sete homicídios qualificados (motivo torpe, motivo fútil, recurso que impossibilitou defesa das vítimas), tentativa de homicídio, roubo, furto e posse irregular de arma de fogo adulterada.
Seu comparsa, Ezequias Souza Ribeiro, 27 anos, foi morto em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
No relatório, o delegado concluiu que Edgar atirou na adolescente para matar. “Quanto à vítima adolescente, merece destaque. É indubitável que Edgar queria matá-la! Visto, pois, de acordo à perícia, a moça já estava a quatorze metros de distância da linha do bar, sendo que seu algoz se posicionava poucos metros à frente ainda, cerca de cinco metros, considerando as imagens de vídeo. Logo, a adolescente estava em movimento entre 15m a 20m de distância quando foi alvejada no centro de suas costas”, cita trecho do relatório.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) para oferecimento de denúncia.
Entenda os crimes
Edgar e o comparsa Ezequias Souza Ribeiro, 27 anos, executaram Orisberto Pereira Souza, de 38 anos; Adriano Balbinote, de 46 anos; Josué Ramos Tenório, de 48 anos; Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos; Getúlio Rodrigues Frazão, de 36 anos e sua filha, Larissa, 12 anos, dentro de um bar na tarde de terça-feira (21), feriado de Carnaval, com tiros de espingarda calibre 12 e uma pistola.
Toda a ação criminosa foi registrada pelas câmeras de segurança do estabelecimento. Antes de fugir, os assassinos ainda se apossaram de R$ 4 mil, que haviam perdido na aposta que resultou na morte.
No dia 22, Ezequias foi interceptado por equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), mas reagiu à abordagem trocando tiros com os policiais. No confronto, ele foi baleado e morreu.
Edgar se apresentou à polícia um dia depois. A PJC cumpriu o mandado de prisão temporária contra ele numa residência no bairro Jardim Califórnia.