A propriedade do Cícero Francisco de Souza possui 15 hectares em Poconé, porta de entrada do Pantanal mato-grossense. Por lá, cerca de 120 litros de leite são captados diariamente. O triplo do que ele produzia há dois anos e com um detalhe: menos vacas em lactação. Melhor desempenho no campo, gestão mais eficiente e que ganha o apoio das filhas, que enxergam na experiência do pai uma forma de aprendizado.
A mudança no sítio Duas Irmãs é resultado direto da adesão do produtor ao programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Mato Grosso. E com isso o produtor vê o sonho de viver com a renda do campo consolidar-se a cada dia.
Do pequeno rebanho leiteiro, Cícero e a família extraem a matéria-prima para a fabricação dos queijos que vendem na região. São cerca de 70 unidades por semana produzidas e comercializadas por até R$ 35 cada.
Túlio Marçal, supervisor da ATeG do Senar Mato Grosso, explica que os produtores que tiverem interesse em receber assistência de alguma das cadeias produtivas do programa devem procurar o Sindicato Rural de seus municípios e manifestar à vontade.
No estado o programa da ATeG do Senar Mato Grosso atua em diversas frentes de trabalho: Agroindústria, Apicultura, Avicultura, Cafeicultura, Bovinocultura de Corte e de Leite, Floricultura, Fruticultura, Grãos, Olericultura, Ovinocaprinocultura de Corte, Piscicultura e Cacauicultura.
Ainda conforme Túlio Marçal, diante das manifestações de interesses dos Sindicatos Rurais, formam grupos de 25 a 30 produtores, dependendo da cadeia produtiva, e informam ao Senar Mato Grosso.
Os atendimentos da ATeG são individuais e mensais.
Desde que começou a receber as visitas mensais em outubro de 2022, Cícero Francisco olocou em prática várias recomendações do técnico de campo do Senar Mato Grosso. O aumento da área da capineira foi uma delas e tem como intuito garantir maior oferta de comida para o rebanho durante a seca.
assistência técnica, a pesagem do leite, nós conseguimos chegar, com apenas 10, 12 animais, a até 120 litros de leite ao dia. Menos animais e mais produção”, comenta Afonso Henrique Rodrigues, técnico de campo ATeG do Senar Mato Grosso.
Aprendizado a ser levado para o futuro
Melhor desempenho no campo, gestão mais eficiente. Na atividade em que cada centavo é importante, o controle dos números ficou mais rigoroso. Todos os gastos e receitas passaram a ser anotados na ponta do lápis.
Franciele Francisco é uma das filhas do Cícero e da dona Silvana. Admiradora da trajetória e do esforço dos pais, não esconde o otimismo com o futuro do Sítio.
Duas Irmãs.
Testemunha da transformação gerada pelo conhecimento, ela revela ao programa Senar Transforma, do Canal Rural Mato Grosso, que deseja estar preparada para dar sequência à história da família no campo.
“Saímos de uma comodidade, de uma mesmice e agora estamos buscando algo a mais. Procurando sempre evoluir. Então, hoje eu vejo que o meu pai abraça as causas. Ele está vendo resultado, está buscando melhorar mais”, pontua Franciele.
De acordo com ela, as melhorias vistas na propriedade a cada dia, o trabalho realizado no local, “nos mostra também para essa questão da sucessão familiar, que a gente pode trabalhar e tirar o sustento da terra também”.
Contudo, Franciele afirma que “nesse momento a gente tem que pôr o pé no chão e aprender. Pegar com o pai a experiência que ele tem. Então temos que correr atrás para a gente melhorar esse futuro para darmos um futuro melhor para nós, para nossos filhos e orgulho para ele [pai]
(CANAL RURAL)