A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) irá abraçar o Atlético-MG no futuro. Para o empresário Rubens Menin, conselheiro e membro do órgão colegiado do clube, será um “caminho natural”. Mas a sua participação no clube-empresa que o Galo irá se transformar ainda é uma afirmação precoce.
“Tudo é possível, mas não manifestei essa vontade. Depende também de qual será o interesse do Atlético no futuro. Temos sempre que preservar e lutar pelo interesse do clube (disse, ao ge)
A possibilidade de o Atlético usufruir da Lei da SAF, que saiu em agosto de 2021, voltou a ser notícia no domingo de Carnaval, quando o colunista do Jornal O Globo, Lauro Jardim, trouxe a informação que Rubens Menin estaria a procura de um sócio para ambos serem os compradores do “Galo S. A”. Menin disse que não fez essa inserção no mercado.
Conselheiro grande-benemérito do Atlético, e membro do órgão colegiado formado pela presidência e por outros empresários que ajudaram o Galo nas finanças e na gestão, Rubens Menin explicou que o tema da SAF foi debatido na última reunião do Conselho Deliberativo. Mas há outros processos anteriores.
Para se transformar em SAF, o Atlético, primeiro, precisaria de uma mudança no estatuto social do clube, com a aprovação do próprio conselho. O estatuto vigente foi elaborado em 2008, e carece de revisão. É um dos projetos. Outro tema importante é sobre a possível alienação da participação restante do Galo no Diamond Mall.
– Eu já havia falado da SAF no Atlético na última reunião do Conselho. Foi um tema abordado. Mas acredito que há outras situações que virão antes, como o estatuto, a venda do Diamond Mall, e manter o processo atual de reorganização financeira do Atlético – completou Menin.
Rubens Menin, um dos apoiadores do Atlético-MG — Foto: Globo
O Atlético terá reunião no Conselho Deliberativo em abril, de forma obrigatória, para examinar e votar o balanço financeiro do clube ao fim do exercício de 2021. O clube pagou dívidas importantes (como as da Fifa), mas havia fechado 2020 com mais de 1,2 bilhão em passivo, ainda que com patrimônio líquido positivo. Houve redução em dívidas de curto prazo.
Para 2022, a previsão é que os chamados 4 R’s não façam nenhum aporte, e o Galo comece a andar com as próprias pernas, cumprindo metas orçamentárias, após conseguir recursos importantes com as conquistas dos títulos do ano passado – premiação, bilheteria, aumento de sócios e de cotas de patrocínios. A SAF no Galo irá acontecer, mas num futuro a longo prazo. (GE)