Com persistência, dedicação e paciência, o produtor Moises Martins Pimenta, assistido pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), vem mudando a realidade da sua comunidade no Projeto de Assentamento Vale do Amanhecer, zona rural de Juruena (a 880 km de Cuiabá). Sua meta é montar uma cooperativa de leite que possa gerar rendar e dar qualidade de vida para aos produtores da região.

Atualmente, Moises está no cargo de presidente da Associação dos Pequenos Agricultores Rurais do Vale do Amanhecer e vem lutando junto com os associados para manter a produção 170 litros de leite diários e a confecção dos derivados comercializados na cidade.

Ele conta que sua paixão pela cadeia produtiva do leite nasceu durante a realização do torneiro leiteiro no ano de 2006, quando participou de curso ministrado pela Empaer sobre derivados do leite.“Fiquei encantado com aquela mesa de degustação. A diversidade de produtos e, como tudo aquilo iria mudar a realidade de toda comunidade”.

Na época, o produtor era membro da associação e começou a fomentar a ideia entre os associados. Os anos passaram e, já em 2018, a região já tinha três laticínios, o que inviabilizava mais uma referência no segmento. No entanto, em 2020 surgiu a possibilidade de adquirir os equipamentos de um produtor que decidiu mudar de rumo.

Persistente, Moises viu a possibilidade de tornar realidade seu grande objetivo. Ali, seu sonho começava a sair do papel. Junto com os técnicos da Empaer, Weslley Thiago Pereira de Jesus e Felipe Citadella Marques, precisava encontrar um local para funcionar a planta de laticínio. Nesse ínterim, foi cedido por meio de um contrato de comodato um prédio de outra associação dos moradores da comunidade que estava pronto. Junto à Prefeitura foi emitido o Sistema de Inspeção Municipal (SIM), liberando a produção e a comercialização dos produtos.

Para Moises a luta segue com a meta de formar a cooperativa, uma vez que o investimento de R$ 160 mil no equipamento possibilita a produção de até 2 mil litros de leite por dia.

“Estamos apenas começando mais uma história de vida que pretendo deixar para meus filhos e netos. Se desistisse no primeiro obstáculo não chegaria até aqui e não teria forças para continuar. Sem a assistência técnica da Empaer isso não seria possível. Em todo processo seja no manejo do solo da minha propriedade até os documentos necessários para dar sequência e montar a cadeia produtiva do leite junto aos associados à Empaer esteve 100% envolvida e dando no norte a seguir. Somos muito gratos”.

Para Weslley Thiago Pereira de Jesus, o trabalho é constante de orientação e técnico. “Sempre que somos acionados não medimos esforços para ajudar da melhor forma possível”. Já Felipe Citadella Marques destaca a importância do produtor seguir as orientações passadas e sua persistência. “Nosso objetivo é facilitar e mostrar os caminhos. Fez toda diferença a vontade do Moises de seguir na cadeia produtiva do leite. Agora é seguir acompanhando e ver o crescimento da comunidade”.

Atualmente, a associação está com cinco voluntários que são associados. Com seis meses de funcionamento, a produção é diária de mussarela, queijo minas pastoso, frescal e temperado, manteiga, doce de leite e o leite pasteurizado. A Associação tem como meta iniciar ainda este ano o pagamento das parcelas do equipamento adquirido. Na negociação, a associação foi contemplada com carência, mas precisa produzir, vender e honrar o compromisso.

Para ajudar, a Secretaria Municipal de Agricultura está viabilizando dois equipamentos, por meio de verba parlamentar, que irão auxiliar na produção dos derivados.