Almir Monteiro dos Reis, acusado de assassinar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca, aos 48 anos, foi solto em junho deste ano, depois de o Hospital Adauto Botelho se recusar a recebê-lo. Na ocasião, ele foi preso por mandado expedido em 2021, em decorrência de um dos casos de roubo majorado no qual está envolvido.

O diretor do hospital, Paulo Henrique, teria recusado a internação do paciente por falta de vaga na unidade. Segundo as informações, Almir era diagnosticado com esquizofrenia e chegou a ser interditado em 2014.

A decisão que determinou a prisão do ex-policial militar consignou que, em caso de recusa no hospital, o suspeito deveria ser admitido em uma unidade prisional comum, o que também não ocorreu mediante a recusa dos diretores das penitenciárias.

“Diante disso, a fim de resguardar a integridade física do paciente, ante a inércia e descaso das autoridades estatais que negaram sua entrada ao Adauto Botelho, mesmo com determinação judicial, não resta outra alternativa a este Juízo senão, PROVISORIAMENTE, converter a medida de segurança para ambulatorial (…). EXPEÇA-SE ALVARA DE DESINTERNAÇÃO (SOLTURA), devendo o PACIENTE ser colocado em liberdade, se por outro motivo ou decisão não deva permanecer”, diz trecho do alvará de soltura.

FICHA CRIMINAL E ASSASSINATO

Almir ostenta uma extensa ficha criminal. Nesta segunda-feira (14), ele foi preso pela morte de Cristiane, cujo corpo foi encontrado no Parque das Águas, em Cuiabá, na tarde de domingo. As investigações preliminares apontam que ela foi espancada e morta na casa do suspeito.

Em uma das ações, da 5ª Vara Criminal de Cuiabá, Almir já era apontado como autor de um latrocínio em 2013. No mesmo ano, na 4ª Vara Criminal de Cuiabá, o ex-policial militar se tornou réu por roubo majorado. O processo foi encerrado. Também consta processo do mesmo tipo na comarca de Campo Verde (137 km de Cuiabá).

A lista ainda inclui dois processos por contravenções penais em 2014 e 2015; roubo majorado em 2015 e 2018; furto e posse de drogas para consumo em 2019. Na ocasião, ele foi flagrado com uma porção de cocaína.

Almir também respondeu a processo por crimes militares, o que resultou na sua exclusão das fileiras da Polícia Militar.

Informações obtidas pelo portal ‘Gazeta Digital’ apontam que o ex-PM chegou a ingressar com recurso para desarquivar o processo em 2022. Ele alegou esquizofrenia e tenta reverter a exoneração.

(HNT)