A vitória por 3 a 1 sobre o Universitario colocou o Botafogo de volta na briga para avançar na Libertadores, essa é a opinião do técnico Artur Jorge, que ficou bem contente com o desempenho de seus jogadores, nesta quarta-feira, no estádio Nilton Santos.

Ao fim o jogo o técnico apontou a atmosfera criada pela torcida como um dos fatores que deram a vitória ao clube.

– Quero demonstrar minha gratidão, mas também de todo o elenco, para a torcida. Foi o primeiro espetáculo que tivemos em campo. É impossível hoje não termos ganhado por causa da atmosfera. Eles elevaram nossa adrenalina e motivação. A torcida nos acolheu de uma forma muito importante. Sei que a intimidade comigo vai depender dos resultados, mas estarei aqui para fazer o meu melhor. A torcida é uma peça fundamental para o sucesso do Botafogo, estou muito satisfeito – considerou.

Ao todo, 23.800 pessoas fizeram uma grande festa no estádio Nilton Santos. Os jogadores foram recebidos com um imenso mosaico que ilustrava um alvinegro com a mão no peito, cercado por chamas. A vitória ocorre no momento em os jogadores e comissão técnica buscam se reconectar com a arquibancada depois da frustração com a temporada passada.

Nos bastidores do Botafogo, esse jogo era visto como decisivo para a permanência da equipe no torneio continental. O Alvinegro havia perdido os dois primeiros jogos e via os rivais do Grupo D se afastarem na tabela.

Depois de um início negativo, Artur Jorge pavimentou a última semana com duas vitórias no Brasileiro, sob Atlético-GO e Juventude, para implementar seu modo de jogo e garantir os primeiros três pontos na Libertadores.

– Tivemos um arranque em falso na fase de grupos, era importante vencer hoje. Estou muito contente por vencer meu primeiro jogo da Libertadores num ano que ganhei jogos de Champions. Do ponto de vista pessoal, é extraordinário. Mas neste momento o Importante foi ter ganhado três pontos de forma muito justa. Não foi ganhar só por ganhar, ganhamos com um bom desempenho. Fomos claramente superiores – afirmou o técnico.

– Não vejo como alívio. Foi uma consequência do trabalho. Fizemos coletivamente um jogo interessante. Foi consequência do bom jogo dos atletas, numa partida difícil. Foi importante vencer para entrarmos novamente nas contas deste grupo da Libertadores.

Apesar da vitória, o técnico tem uma preocupação para os próximos jogos. O atacante Tiquinho Soares sentiu dores no início da partida e teve de ser substituído. O time ficou sem centroavante à disposição, já que Matheus Nascimento também está sob cuidados do departamento médico do clube.

– Neste momento, o que é possível falar sobre o Tiquinho é que é uma baixa e tanto. Se confirmar, e falo assim porque espero o resultado clínico.

O Botafogo só volta a jogar na Libertadores em 8 de maio, quando terá pela frente a LDU. Com o intervalo, o foco vai para o Brasileirão e domingo é dia de clássico, diante do Flamengo, no Maracanã.

Veja outras respostas do treinador:

Sobre saída de Bastos

– Neste momento, o que é possível falar sobre o Tiquinho é que é uma baixa e tanto. Se confirmar, e falo assim porque espero o resultado clínico. Fizemos sim por opção a substituição do Bastos, porque estava desgastado e acusando cansaço. Queria continuar, mas percebemos que era mais prudente tirá-lo do jogo.

Sobre clássico contra o Flamengo

– Vou começar a falar sobre a expectativa porque sou bem mais positivo do que você. Ganhamos três jogos e é isso que me alimenta. Teremos um jogo muito difícil contra um dos candidatos ao título, é uma equipe de grande qualidade técnica. Tentaremos estar preparados. Ninguém ganha os jogos antecipadamente, tentaremos nos preparar para estar preparados.

Análise do jogo

– Nós tivemos um jogo muito equilibrado. A grande diferença do primeiro tempo para o segundo foi corrigir o jogo posicional ofensivo, estar mais próximo do gol ofensivo e atacar o gol contrário. Tivemos o controle da partida e controle emocional. Foi uma equipe que defendeu perto da sua área, mas fomos paciente. A diferença é que na segunda metade fomos mais assertivos. Do ponto de visto de qualidade, foi muito igual durante 90 minutos e um igual de muita qualidade. Diria que hoje foi a entrega que os atletas colocaram em campo que foi o diferencial.

Calendário

– Eu não quero fazer parte da polêmica, mas é de fato um calendário muito apertado, não só em relação à performance mas também de lesões. Como acontece em outros clubes, mas também no Botafogo. Isso é agravante, como no meu caso, quando pego um elenco com 22 partidas para trás. O que nós não controlamos dificulta, mas estamos disponíveis para melhorar e minimizar. Os jogos estão lá e teremos que fazer. É difícil para os atletas que têm nível alto para poder corresponder o nível alto das competições.

Apoio da torcida

– Quero demonstrar minha gratidão, mas também de todo o elenco, para a torcida. Foi o primeiro espetáculo que tivemos em campo. É impossível hoje não termos ganhado por causa da atmosfera. Eles elevaram nossa adrenalina e motivação. A torcida nos acolheu de uma forma muito importante. Sei que a intimidade comigo vai depender dos resultados, mas estarei aqui para fazer o meu melhor. A torcida é uma peça fundamental para o sucesso do Botafogo, estou muito satisfeito.

Escolha por John

– Uma coisa que fica clara é que não darei rodagem a ninguém. Ou trabalham para jogar 90, 15 ou nada, ou jogam o todo. Essa substituição foi opção tática para ter uma opção ao jogo. O John era a pessoa indicada para jogar o jogo de hoje.

Desempenho do Luiz Henrique

– Luiz Henrique trabalhou muito, competiu. Tem que trabalhar mais para fazer mais gols, é isso que esperamos de todos os jogadores. Estou satisfeito, é um jogador de entrega total. É uma referência para os mais jovens por tudo que representa. Hoje foi o primeiro de muitos, eu espero. O tempo é o que é. Temos tentado usar as ferramentas possíveis e necessárias. Hoje estão lá dentro já, estão fazendo recuperação, só tiramos o Mateo para fazer entrevista. É ganhar o jogo, dá o abraço, mas o foco já está virado para o próximo domingo. Os jogos são com tanta proximidade que já pensamos no próximo domingo.

Sobre posicionamento dos homens de frente

– O importante para mim, tendo em conta por ter perdido Tiquinho e Matheus Nascimento, é olhar para dentro. Na missão que temos e direcionamento que queremos, algumas vezes tivemos mais Eduardo e Junior por dentro, outras o Savarino, mas veremos outras possibilidades para fazer outras alternativas por dentro. (GE)