O treinador Artur Jorge, do Botafogo, curte as férias em Portugal e foi condecorado pelo presidente de república Marcelo Rebelo de Sousa. Ele recebeu a Ordem do Infante Dom Henrique pelos feitos defendendo o clube brasileiro.
Durante a cerimônia, o treinador ressaltou as dificuldades encontradas no trabalho e até citou o calendário brasileiro com muitas competições. Ao ser perguntado sobre os próximos passos, foi direto:
– Chegar hoje e ter este reconhecimento do país é ainda mais importante. Seguramente que me abre portas e a ambição para poder continuar a lutar por mais. Futuro? O meu futuro é Botafogo. Tenho contrato. O que posso dizer ao dia de hoje é que continuo a ser o treinador do Botafogo – concluiu.
A permanência ou não do técnico no Glorioso virou motivo de novela. Ele recebeu ofertas de equipes do Catar com o triplo de valor de salário. Segundo o staff, todas foram repassadas ao clube, que nega ter sido consultado.
Durante a cerimônia, Artur revelou ainda que sido procurado por uma equipe portuguesa que gostaria de entender a situação dele no futebol brasileiro.
– Para mim, muito pesa o projeto desportivo. De continuidade, ou de encontrar um projeto que me traga objetivos diferentes ou momentos de superação que me possam desafiar. Estar aqui hoje a ser reconhecido por um país inteiro é um momento ímpar. Mas essa será sempre uma questão a avaliar nos próximos dias. A temporada a janeiro de 2025 [no Brasil] começa rapidamente. Sobre as questões relacionadas com eventuais propostas, tivemos sim uma abordagem de Portugal para perceber qual era o ponto de situação.
De acordo com o governo, a condecoração “destina-se a distinguir quem houver prestado serviços relevantes a Portugal, no País e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores”.
Assim como Artur, Jorge Jesus e Abel Ferreira, outros dois treinadores portugueses que se destacaram no futebol brasileiro, foram agraciados com a premiação.
Artur chegou ao Brasil em abril para comandar o Botafogo com a missão dar o próximo passo no projeto da SAF. Em oito meses, comandou os botafoguenses em 55 partidas conquistando o Brasileirão e a Conmebol Libertadores na mesma temporada, igualando feito só alcançado por Santos (1962 e 1963) e Flamengo (2019) (GE)