Variedade em tapetes, crochês, doces típicos e plantas levaram o colorido do artesanato à Praça da República, nesta sexta-feira (13). O encontro marca a retomada do grupo Artesanato na Praça pelos principais pontos da Capital e deve se repetir mensalmente no local.
A proposta conta com apoio da Secretaria de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico e traz visibilidade ao trabalho dos profissionais, ampliando a saída de produtos, expostos em um local com alto fluxo de pessoas ao longo do dia.
A titular da Pasta, Débora Marques explica que tem trabalhado para intensificar as ações voltadas ao setor. “É muito importante tanto para os profissionais, quanto para os consumidores, que possamos fortalecer um trabalho da nossa terra, que represente nossa cultura.”
Ela reforça que a garantia do espaço contribui para a geração de emprego e renda, especialmente em períodos de crise econômica, quando os números do trabalho formal despencam e essa se torna a única fonte de recursos para muitos cidadãos.
Em uma passagem rápida pelos corredores da feira, vê-se intercalarem dezenas de barracas com chinelos, bolos, colares, tapioca, roupas, doces, tapetes, reproduções sacras, compotas e muitos outros. A mistura é proposital e foi pensada para evitar a repetição, estimulando os visitantes a consumir diferentes opções.
Exemplo disso são os arcos de cabelo e laços produzidos pela artesã Sônia Vieira, que há cerca de três anos a ela aprendeu a trabalhar com fitas de cetim na internet. No início os produtos eram oferecidos apenas a colegas de trabalho e a venda servia apenas como complemento de renda.
Com a aposentadoria, contudo, a atividade se tornou sua principal fonte de recursos. “Para não ficar sem fazer nada, comecei a fazer umas coisinhas mais simples. Fui pegando gosto e hoje eu faço de tudo. Para mim o artesanato também é uma forma de combater o estresse”, explica.
O trabalho já rendeu outras oportunidades. Além de expor em diferentes eventos e localidades, Sônia também já aplica um curso para quem pretende lidar com a arte. “Também criei um Empreendedor Individual (MEI), levei parte do trabalho para um box no Shopping Orla e ampliei a produção, que é exposta em várias feiras e eventos.”
Fabiana Galeano de Araújo faz parte da diretoria do Artesanato na Praça, que hoje conta com cerca de 80 membros. Ela conta que o grupo, fundado pela professora Jacy Proença, tem mais de 10 anos e que voltar a realizar o evento na Praça é fundamental para a categoria.
“O artesão não tem lugar fixo, então essa visibilidade, esse movimento do público são muito importantes para nós”, finaliza.