A Argentina chegou – e chegou com tudo. Com grande atuação, a seleção comandada por Lionel Messi controlou totalmente a Polônia nesta quarta-feira, venceu por 2 a 0 e garantiu classificação às oitavas de final como primeira colocada do Grupo C. O resultado também garantiu vaga aos poloneses, que superaram o México no saldo de gols, em um drama impressionante, que durou até os minutos finais da rodada. Mac Allister e Julián Álvarez, ambos no segundo tempo, fizeram os gols da vitória alviceleste. Messi sofreu e perdeu um pênalti.
Oitavas de final
A Argentina, primeira colocada do Grupo C, encara a Austrália no sábado, às 16h (de Brasília), pelas oitavas de final. A Polônia, que passou em segundo, tem uma pedreira no domingo, às 12h: encara a França, atual campeã mundial.
Messi buscou jogo, tabelou, finalizou, carregou a Argentina em uma partida na qual sua seleção foi muito superior à equipe adversária. O porém é que perdeu um pênalti, sofrido por ele mesmo. No primeiro tempo, bateu no canto esquerdo de Szczesny, e o goleiro voou para defender. Foi a segunda vez que Messi perdeu um pênalti em Copas – havia desperdiçado antes em 2018, contra a Islândia.
No Catar, tinha convertido na estreia, na derrota de 2 a 1 para a Arábia Saudita. Com a classificação argentina, o craque também garantiu uma sobrevida em sua história nos Mundiais, visto que já avisou que disputa a última edição do torneio. De quebra, o camisa 10 ultrapassou Maradona como jogador argentino com mais jogos em Copas. Nas oitavas de final, disputará a milésima partida da carreira.
A Polônia se classificou no saldo de gols. E graças ao seu goleiro. Szczesny teve grande atuação contra a Argentina. Só no primeiro tempo, fez nove defesas, incluindo um pênalti de Messi. Na etapa final, não conseguiu impedir a derrota, mas evitou uma goleada que seria fatal: tiraria a Polônia da Copa do Mundo.
O jogo teve um lance muito polêmico. No primeiro tempo, o árbitro Danny Makkelie foi aconselhado pelo VAR a revisar no monitor uma disputa pelo alto entre Szczesny e Messi. E ele decidiu dar pênalti. Na opinião de Salvio Spinola, comentarista da Central do Apito, a decisão foi correta, já que o goleiro atingiu o camisa 10 com a bola ainda em disputa.
Os minutos iniciais mostraram a Polônia disposta a atacar. Foi dela a primeira chance de gol, aos quatro minutos, em boa jogada de Lewandowski, que cruzou da direita para Bielik chutar sobre a marcação. Mas tudo logo mudou. A Argentina tomou conta da partida, comandada por Messi. O craque chamou o jogo. Em um intervalo de seis minutos, mandou dois chutes a gol (ambos defendidos por Szczesny), deu passe para Di María finalizar, achou lindo passe para Acuña mandar por cima. A Polônia conseguiu controlar a pressão, mas a Argentina continuou melhor. E quase chegou ao gol aos 27 minutos. Di María, da esquerda, mandou na área para Julián Álvarez finalizar. A defesa cortou, e Acuña, no rebote, emendou chute cruzado, muito perigoso, para fora.
Aos 32, Di María ficou muito perto de marcar um gol olímpico. Szczesny salvou de novo. Mas a insistência argentina era muito forte, e dela resultou um pênalti aos 37 minutos – revisado pelo VAR, após o goleiro polonês acertar o rosto de Messi em uma saída pelo alto. O próprio camisa 10 bateu. E parou em Szczesny, que voou para o lado esquerdo e espalmou a batida. Apesar da decepção com a chance perdida, a Argentina manteve o embalo. Messi chutou de novo aos 41 – Szczesny defendeu. Julián Álvarez mandou pancada cruzada aos 42 – Szczesny, impressionante, defendeu de novo.
A Polônia sobreviveu a todo o primeiro tempo. Mas durou menos de um minuto na etapa final. Molina recebeu na direita e cruzou para a área. Mac Allister bateu de primeira, e a bola foi no cantinho, lentamente, até entrar: 1 a 0. Os poloneses tentaram reagir na sequência, em cabeceio perigoso de Glik. Mas a Argentina se manteve perigosa, e sempre comandada por Messi, muito bem no jogo (apesar do pênalti perdido). Aos 22, saiu o segundo gol. Após linda troca de passes, a bola chegou a Julián Álvarez, que encaixou um chute colocado, impecável, no ângulo: 2 a 0. A vantagem não tirou o ânimo argentino. Messi parou em Szczesny de novo. Álvarez mandou uma pancada na rede, por fora. Lautaro perdeu gol feito, cara a cara com o goleiro. Tagliafico só não fez porque Kiwior cortou quase em cima da linha. E assim, sobrevivendo no limite, a Polônia conseguiu garantir a classificação.