Árbitro passa mal, fica paralisado em campo e é atendido por ambulância no gramado

A situação assustou os jogadores, que prestaram os primeiros atendimentos ao árbitro e chamaram a ambulância. A equipe médica entrou no gramado do Lindolfo. Em menos de 10 minutos, após mostrar recuperação, Djalma Alves decidiu apitar a partida, mesmo após recomendações de que deveria ser substituído.

– Ele ficou paralisado por um minuto, e aí logo a gente chamou a equipe médica do Timon-PI e do time do Flamengo. Foi verificado que a pressão dele estava um pouco alta, estava acima do normal, 14:9. A gente queria que ele fosse substituído, mas ele não quis e se manteve no jogo – revelou Poliana Carneiro, enfermeira responsável pela parte médica no duelo entre Timon-PI e Flamengo-PI.

Durante a execução do Hino Nacional, Djalma Alves ficou tonto e permaneceu imóvel, em pé, com olhos virados. O estado de saúde assustou a todos. O goleiro João Emanoel, do Fla-PI, percebeu a situação do árbitro e segurou o juiz por trás, apoiando. Na sequência, os demais jogadores se reuniram em círculo para abaná-lo com as camisas. Ele foi socorrido pela enfermeira responsável pela partida e pelos médicos das duas equipes. No gramado, a pressão arterial e a glicemia de Djalma foram verificadas.

A direção da Federação de Futebol do Piauí (FFP) se reuniu com o juiz e o outros componentes do quinteto de arbitragem para convencê-lo a ser substituído, mas o árbitro não quis. Djalma Alves seguiu o protocolo para o início da partida, decretou um minuto de silêncio (pela morte de um dos fundadores do Timon Esporte Clube) e iniciou a partida. O quarto árbitro ficou sob aviso, para entrar no lugar de Djalma, em caso de reincidência.

Depois do susto, a partida iniciou normalmente. Sem apresentar sustos e com atuação segura, Djalma conduziu o duelo durante os 90 minutos. O jogo entre Timon-PI e Flamengo-PI terminou em 2 a 2. (Globo Esporte)