Um projeto pioneiro no tratamento de dependência química com acupuntura e medicamento para presos do sistema prisional foi divulgada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Os detalhes foram discutidos em uma reunião, na semana passada.

Com a aprovação da capacitação dos médicos do sistema prisional, que será custeada pelo Tribunal, caberá ao governo do estado selecionar os servidores que serão treinados, além de providenciar os insumos necessários ao tratamento dos pacientes.

Representantes dos órgãos estiveram na reunião e se mostraram favoráveis à iniciativa do Judiciário.

O diretor do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), Winkler de Freitas Teles, onde o projeto funcionará inicialmente, observou que existem cerca de 300 detentos na lista de interessados em fazer tratamento para se livrar das drogas.

O tribunal pretende investir na capacitação de médicos que atuam nas unidades penitenciárias para uma técnica que alia acupuntura e medicamentos no controle de liberação de dopamina e serotonina, neurotransmissores relacionados à sensação de prazer e que também são liberados quando é feito uso de drogas.

Na ocasião, a ideia foi apresentada pelo desembargador Marcos Machado, coordenador da Comissão Especial sobre Drogas Ilícitas e pelo médico especialista em dor, Reinaldo Coutinho.

Ele explicou o processo de dependência química, uma alteração neurológica que ocorre em pessoas que, em sua constituição genética, sofrem com baixos níveis de serotonina e dopamina.