Senador por Mato Grosso, Wellington Fagundes (PL) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) descumpriu um acordo garantiria ao parlamentar a indicação de um nome de Mato Grosso para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A fala foi dada durante a sessão de sabatinas dos indicados na Comissão de Serviços de Infraestrutura nesta quarta-feira (23).
Wellington se queixou do descumprimento do acordo e ameaçou pedir vistas de outras indicações que seriam sabatinadas ontem (23). Segundo o parlamentar, um acordo prévio com o Poder Executivo previa a indicação de um representante do Mato Grosso para o cargo.
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“Faz dois anos que houve um entendimento com o governo. O Mato Grosso teria uma diretoria da ANTT. Eis que hoje chegamos à surpresa, para mim, que essas indicações foram feitas sem o cumprimento do entendimento. Não é nada pessoal. É apenas uma questão do entendimento político que foi feito”, disse o senador.
A sessão foi suspensa e após o retorno o senador de Mato Grosso leu o relatório sobre o indicado de Bolsonaro para a diretoria da ANTT, Lucas Asfor Rocha Lima, que é do Ceará.
No fim da sessão, Fagundes disse que agências como a ANTT ainda não conseguiram “maturidade suficiente” no Brasil, sobre a compreensão de seus papéis, inclusive de independência do Governo, e a expectativa é que a situação do transporte terrestre, que no setor rodoviário classificou como “crítica”, consiga avançar.
“Eu falo pelo meu Mato Grosso, porque estou aqui eleito pela população mato-grossense, estou aqui para defender a população mato-grossense e o interesse do Brasil, e pelo nosso Estado ser o maior produtor hoje de grãos, principalmente graças aos sulistas que para lá foram, […] nós que somos lá do interior realmente dependemos muito principalmente da ANTT, e olha, a ANTT precisa evoluir muito em sua atuação junto às concessionárias, […] o papel da agência, não só em fiscalizar e aplicar multas, […] nós temos que fazer com que as empresas tenham capacidade de execução, e aí entra o papel da agência em ser uma verdadeira reguladora, não ser dependente do governo e muito menos das empresas que querem dominar por dominar o mercado”.