Após a presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde de Mato Grosso (SISMA/MT), Carmen Machado apresentar a situação de insalubridade tanto no Nível Central, quanto nas unidades descentradas, a SES anuncia a reforma da parte interna do prédio da Secretaria. A promessa é de que a reforma começa no mês de outubro. A informação é da própria gestão estadual.
Conforme a informação divulgada pela SES, para realizar a reforma de modo que não prejudique as atividades laborais dos servidores, foi necessário alugar um prédio, localizado no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. O imóvel está passando por adaptações para receber o setor de Vigilância, e após a transferência da equipe, serão retomadas as melhorias no segundo piso da Secretaria avançando gradativamente nos demais andares. O órgão estadual reforça que já concluiu a reforma da fachada e da recepção da secretaria.
A Sessão na qual foram apresentadas as informações pelo sindicato, foi requerida pelo deputado estadual Lúdio Cabral, com a participação de Carmen Machado e Gilberto Figueiredo, para esclarecer o surto de contaminação pela Covid-19 no Nível Central, ou seja, na sede da pasta.
Durante a Sessão Plenária a presidente destacou situações de insalubridade em unidades de todo Estado. “A reforma na sede da SES deixou a fachada muito bonita, mas a realidade é que dentro da unidade as coisas são muito diferentes. A insalubridade é um processo crônico nas unidades de Saúde do Estado, situação que piorou após o início da pandemia, com a impossibilidade do cumprimento do distanciamento social, falta de ventilação, e até fornecimento de água inadequado em alguns locais. Dessa forma, é urgente que o gestor sane esses problemas”, reforçou a presidente do SISMA.
Ainda na Sessão Plenária o secretário afirmou que se sentia injustiçado pela apresentação do sindicato, e culpou os servidores por não realizar as adequações na estrutura da SES e não prevenir a contaminação pela Covid-19. “Porque eu trabalhei só na fachada (da SES)? Porque eu não consegui trabalhar dentro da secretaria pelo acumulo de reclamação dos próprios servidores e do sindicato. Bastava uma marretada na parede que pronto, o sindicato mandava eu parar tudo porque atrapalhava o serviço”, desabafou Gilberto Figueiredo. Ele ainda afirmou que existem servidores que se recusam reiteradamente a cumprir com os protocolos e pediu ajuda do Sindicato e da Assembleia sobre o que fazer nesses casos.
“É preciso esclarecer que o sindicato nunca interferiu em processo de reforma, até porque isso é uma solicitação de anos, então não seria crível pensar que nós faríamos diferente, muito menos por parte dos servidores que sofrem na pele a falta de salubridade”, respondeu a presidente Carmen Machado.
Ainda sobre o surto de Covid-19 na SES a presidente afirmou “Foi determinado em juízo que fosse apresentado ao sindicato quais seriam os EPI´s utilizados, mas isso não foi feito. E aquele servidor que se recusa a seguir os protocolos, não estamos aqui para defender quem não respeita as regras, ele pode ser responsabilizado por crime contra a saúde pública, o sindicato não se esquiva de trabalhar com a secretaria, mas não é aceitável essa culpabilização”, finalizou Carmen Machado.