O dia seguinte à eliminação brasileira na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina foi marcado pelo clima de abatimento. Em uma manhã de vento frio em Melbourne, a Canarinha, torcedora símbolo da equipe, apareceu na porta do hotel da delegação, mas não encontrou as jogadoras, que até o fim da manhã ainda não haviam descido para o lobby.
A CBF ainda não divulgou oficialmente o planejamento para a volta para o Brasil, mas já se sabe que o retorno está previsto para domingo, em voo fretado. A logística de uma viagem tão longa impediu a antecipação da saída.
As jogadoras, no entanto, receberam sinal verde da CBF para deixar a Austrália antes, em voos comerciais, se desejarem, especialmente as que não precisam voltar para o Brasil agora. Marta, por exemplo, que joga no Orlando Pride, deixará Melbourne nesta sexta, diretamente para os Estados Unidos. A liga norte-americana não parou durante a Copa.
A delegação brasileira continuará em Melbourne, mas precisará trocar de hotel na sexta-feira, já que o local faz parte das hospedagens oficiais de equipes que disputam a Copa do Mundo e terá de estar à disposição de uma das equipes que virão para Melbourne disputar as oitavas de final.
A cidade receberá duas partidas: Estados Unidos x Suécia, domingo, e Jamaica x Colômbia, terça-feira. Apenas a seleção jamaicana, algoz do Brasil no Grupo C, já está instalada em Melbourne.
Após o frustrante empatem em 0 a 0 com a Jamaica, a técnica Pia Sundhage foi sucinta quando questionada sobre o seu futuro na seleção, limitando-se a dizer que tem contrato até o fim dos Jogos Olímpicos de Paris, em agosto do ano que vem.
Já o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, quer analisar a situação da treinadora “de cabeça fria”, antes de tomar qualquer decisão. (GE)