A derrota por 4 a 0 para o Operário após uma atuação irreconhecível do Mixto, em jogo válido pela quinta rodada do Campeonato Estadual, vem repercutindo muito nas redes sociais. Uma suposta participação de oito jogadores titulares em um baile funk, na madrugada do dia do clássico, está sendo investigada pela diretoria do clube, que marcou uma reunião para esta segunda-feira para tomar decisões e a demissão de vários atletas não está descartada.
Houve relatos à diretoria de que o baile funk com os jogadores, se arrastou pela madrugada e foi regado a bebidas alcoólicas e presença de mulheres. Fato ou boato, a verdade é que durante o clássico os jogadores do Mixto mostraram desempenho muito abaixo do esperado e o desgaste era nítido. A equipe não produziu, jogou desorganizadamente e só não tomou uma goleada ainda maior devido à falta de pontaria dos jogadores do Operário que desperdiçaram inúmeras chances. Poderia ter sido um vexame histórico para a gloriosa história do Tigre.
Antes de mais nada, a diretoria quer saber o que aconteceu e se é verdade a história do baile funk. O presidente do Mixto, Valter Hudson já antecipou que se as notícias foram confirmadas, deve haver mudanças drásticas. Ele foi informado de que houve uma festinha particular no hotel em que os jogadores estão hospedados. “Futebol é coisa séria. Estão rolando esses boatos e nós estamos procurando informações da verdade, o que se for confirmado, não ficará sem punição. Não aceitamos esse tipo de coisa no Mixto”, declarou. Ele não divulgou os nomes dos atletas envolvidos no possível baile funk.
Uma atuação irreconhecível do Mixto
Pela quinta rodada do Campeonato Mato-grossense, o Mixto foi goleado pelo rival Operário na Arena Pantanal. O placar ficou em 4 a 0 e poderia ser mais se não fosse o péssimo aproveitamento do ataque tricolor. Irreconhecível, o Tigre entrou em campo sem motivação. Muito diferente do que aconteceu nos três últimos jogos (derrota para o Cuiabá por 3×2, goleada contra o Araguaia de 3×0 e empate fora de casa com o Nova Mutum em 1×1). Com o Mixto mal posicionado em campo, o Operário explorou os buracos deixados pela marcação mixtense nas laterais e dominava as ações de jogo.
Logo aos 15′ um desentendimento entre os próprios atletas mixtenses mostrava que algo não estava bem. O Operário aproveitou o abatimento dos atletas alvinegros e marcou o primeiro gol ainda na etapa inicial, com Ualisson Pikachu aos 27′. A torcida do Mais Querido apoiava o elenco, mas os atletas não mostravam reação. No segundo tempo de jogo o Chicote da Fronteira marcou três gols, selando a goleada em 4 a 0: João Guilherme marcou aos 5′, Kaio Felipe aos 18′ e João Guilherme aos 45′
Durante a semana, a equipe teve problemas internos entre um grupo de atletas e parte da comissão técnica. Essa situação terá que ser resolvida pela diretoria para buscar uma reação na competição. Com o resultado, o Tigre foi ultrapassado pelo Poconé na classificação e ocupa a 8ª posição com com 4 pontos, dentro da zona de classificação, mas há três pontos da zona de rebaixamento. O Mixto volta a campo contra o Sinop, sábado dia 15 de fevereiro às 17h no Estádio Gigante do Norte.
Torcida revoltada
Ao final do jogo, vários torcedores mixtenses protestaram contra a apresentação do time gritando ‘time sem-vergonha’ na saída dos atletas.