Edno de Abadia Borges, 60 anos, suspeito de matar Valter Fernando da Silva, de 36 anos, após uma discussão política em um bar em Jaciara, distante 147 quilômetros ao sul de Cuiabá, se entregou à Polícia Civil, nesta terça-feira (21). Ele estava foragido desde domingo (19), quando aconteceu o crime.
Edno é apoiador do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Valter apoiava Jair Bolsonaro. Eles começaram a se desentender após uma discussão sobre política.
De acordo com o delegado José Ramon Leite, ele se entregou com um advogado e a prisão foi convertida em preventiva.
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Naquela noite ambos haviam ingerido bebida alcoólica e as discussões foram tomando um tom mais agressivo, quando os dois se desentenderam por opiniões divergentes sobre política, segundo o delegado.
Edno tinha uma relação de amizade com Valter Fernando. O delegado da Polícia Civil de Mato Grosso disse que o suspeito chegou a ajudar a vítima quando precisou de atendimento médico em outra ocasião.
“Eles estavam brigando no bar e a discussão começou a ficar pior, até que, em um momento, o suspeito chamou a vítima para ir até a caminhonete. Ele disse à vítima: ‘Vamos ali rapidão na minha caminhonete’. Esse foi o momento em que as pessoas do bar ouviram o disparo”, relatou o delegado.
De acordo com o delegado Ramon Leite, o suspeito Edno Borges não possui registro de porte e nem posse de arma de fogo, e estava em situação ilegal.
Entenda o Caso
No boletim de ocorrência da Polícia Militar, consta que o proprietário do bar informou que o Edno e a Valter discutiam por motivos políticos, quando ouviu disparos de arma de fogo e, na sequência, encontrou Valter caído no chão. A polícia foi acionada e, quando chegou ao local, a vítima já estava morta e o suspeito havia fugido.
Durante as buscas por Edno de Abadia, a PM encontrou dois homens, sendo um o filho do suspeito e outro um amigo, que confessaram estar procurando pelo suspeito para ajudá-lo a fugir para o município de Campo Verde, a cerca de 70 km de onde aconteceu o crime. Os dois foram apresentados à Polícia Civil.
Segundo o delegado, a vítima e o suspeito não possuem passagens criminais.