Mesmo com a derrota para o Flamengo, António Oliveira se sentiu orgulhoso do Cuiabá. Dentro de suas perspectivas de evolução, o revés por 2 a 0 na noite desta quarta-feira, no Maracanã, pela 12ª rodada do Brasileirão, não foi uma tragédia.
– Foi uma apresentação competente, dentro daquilo que são os princípios que nos regem. Perdemos muitas situações de duelo que nos massacrou e nos penalizou. O Ayrton [Lucas] até teve alguma sorte no gol. O segundo gol nasce de uma transição em que estávamos com a bola.
– Estou muito orgulhoso, não da derrota, mas pelo trabalho que foi desenvolvido. Foi mais um passo dentro do crescimento desta equipe. Vai evoluir e crescer ainda mais. É evidente que preferíamos ter ganho, nem empatado, pois acho que a mentalidade do clube tem que alterar. Orgulhoso pelo trabalho dos jogadores e triste pelo resultado do jogo.
Oliveira criticou a atuação do árbitro Sávio Pereira Sampaio, sobretudo no lance do segundo gol da equipe carioca, marcado por Gabigol. Para o treinador, houve falta em João Lucas no início da jogada, não assinalada. Além disso, ele acredita que os times não foram tratados de forma igualitária pelo homem do apito.
– Temos que ser tratados da mesma forma. O Flamengo é um grande clube, mas há que se respeitar o Cuiabá. É um lance de falta no segundo gol, que o árbitro não dá. Ele segue a lei da compensação, que é a lei mais boba que existe no futebol. Não podemos compensar algo que erramos. Como já estava 2 a 0, já estava mais ou menos controlado, não assinalou mais nenhuma falta do Flamengo e deu todas do Cuiabá. O Flamengo é um grande clube, tem uma grande torcida, um grande treinador e grandes jogadores, não tem essa necessidade. Temos que olhar para os clubes da mesma forma, é isso que eu peço. Acho que o senhor Sávio e toda sua equipe tem pontos para melhorar.
Com a derrota, o Cuiabá permanece com 12 pontos e segue na zona de rebaixamento, na 18ª colocação. O próximo compromisso é contra o Ceará, no sábado, às 18h (de MT), na Arena Pantanal, pela 13ª rodada do Brasileirão. Oliveira analisa o duelo como uma “final”.
– Não há tempo para lamentações. Há tempo para trabalhar, para fazermos uma auto análise e corrigirmos os erros. Aproveitar as coisas boas que fizeram, pois no sábado é uma final pra gente, como vão ser todos os jogos até o final da temporada. O Cuiabá precisa pensar grande. Juntos caminharmos todos no mesmo caminho, para atingirmos os objetivos. Porque se formos pensar somente no limite, que é atingir a manutenção, no máximo só vamos atingir isso. Portanto, precisamos pensar alto, alterar a mentalidade do clube, fazê-lo crescer cada vez mais. É uma das minhas missões, ajudar esse clube a crescer não só dentro do campo, mas também fora dele. (Com GE)