O urologista Newton Tafuri esclareceu, em entrevista ao Repórter MT, que o anticoncepcional masculino, que está em fase de pesquisa pelo Instituto Indiano de Tecnologia, pode trazer o risco de infertilidade irreversível, se não for bem equilibrado e garantido. “Não é um método tão simples”, alerta.

O contraceptivo masculino se trata da aplicação de uma substância que bloqueia a passagem do espermatozóide, assim como faz a cirurgia de vasectomia. De acordo com o estudo, a infertilidade temporária através do procedimento está estimada para um período de 10 anos. O produto, que não usa via hormonal, deve estar disponível ao público em 2023.

Tafuri destaca que não se trata “apenas de uma vacina”, que você aplica de forma subcutânea, por exemplo. A pesquisa já está em fase três, quando os testes passam a ser feitos em animais. No entanto, a reversão ainda não é 100% garantida.

“É fundamental que seja comprovada a irreversibilidade. Não dá para liberar uma situação, ou uma vacina por exemplo, para supostamente saber se ela vai ter efeito. Tem que haver uma garantia, pelo menos um percentual de 90% ou 95%. Algo palpável para que não se tenha problema de frustração”.

Fonte: Repórter MT