Ao desarmar o coração, podemos sentir-nos preparados para entender que o mal que vemos nas imagens dos outros, e que muitas vezes, são reflexos das imagens dos outros que reflete de nós mesmo.
Só estaremos livres dos preconceitos, quando passamos a ter o entendimento da leitura da nossa existência, livrando-nos das amarras psicológicas que armam as nossas ações, pois a maiorias dos combates da vida são internos.
A vida se torna mais suave e prazerosa quando passamos a sentir a ausência dos sentimentos considerados inferiores, e assim, passamos a ter a transparência no entendimento da vida e com isso, algumas atitudes ficam para traz, ou seja:
1 – deixarmos de desviar o olhar para não encarar alguém que tenta aproximar-se;
2 – deixarmos de lado a necessidade de virar o rosto;
3 – ou mesmo, mudar de calçada por eleger alguém como indesejável.
Quando esses atos deixarem de existir, logo esses sentimentos inferiores, vão fazer pare do passado e a necessidade pessoal agir assim, transformarão em novos propósitos, porque aquela raiva do inimigos superficiais, deixam de estar instaladas nas atitudes e sentimentos desprezíveis.
Enquanto não rompermos os modelos e os moldes pré-estabelecidos pelas influências sociais, não seremos receptivos ao inédito, pois só a partir da transformação pessoal é que passamos a adotar o poder de renunciar e a manifestarmos de forma decisiva para sairmos da estreita fronteira do ódio, e passamos aceitar o amor, que fica na profundeza interior onde somos aprisionados; armados e desamados; desnudados e empacotados, descalços para seguir os caminhos de pedras, sem passado sem marcas.
O importante é adotar uma vida composta com atos de humildade e saber desfrutar as bênçãos que recebemos por estarmos vivos e que ao chegar ao fim do dia, possamos estar com o coração aberto para sentir a alegria das boas ações que praticamos sem esperar por retornos imediatos, pois os aprendizes da vida passam por provas a todo instante, as vezes somos aprovados e muitas vezes reprovados em função dos prejulgamentos que fazemos dos outros e por isso, também recebemos injustiças e intolerâncias, que são retornos do que fazemos ao próximo.
A grande sacada da vida é descobrir que existem muitos caminhos além das aparências visíveis, e aprender a viver verdadeiramente na humildade e entendendo que as pessoas nem sempre representam o que elas são, se você não aceita o defeito dos outros, naturalmente as outras pessoas não são obrigadas a aceitar os seus, o importante é saber que para não participar de uma guerra, é necessário ficar longe dela.
O importante é saber que aquela pedra que você usava para jogar nas pessoas ficou obsoleta em suas mãos, porque não será mais arremessada, porque na sua vida, os atos foram trocados, substituindo o ato de armar, pela atitude de estar disponível para amar.
*WILSON CARLOS FUÁH é economista, Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
CONTATO: wilsonfua@gmail.com