O São Paulo não consegue engrenar no Campeonato Brasileiro, e a briga contra o rebaixamento vai se tornando uma realidade a cada rodada — o time entrou no grupo dos quatro piores após o empate do Sport com o Ceará. A derrota desta vez foi preocupante: goleada de 5 a 1 para o Flamengo. A análise é do jornalista Eduardo Rodrigues para o Globo Esporte. Confira:
Depois de se classificar com autoridade na Libertadores, ao derrotar o Racing, fora de casa, Crespo começou a partida com Benítez e Rigoni no banco. O time começou bem, com ímpeto, e até abriu o placar no segundo tempo. Mas um apagão tricolor e um Bruno Henrique inspirado jogaram um balde de água gelada no São Paulo.
Depois de levar o terceiro gol do atacante flamenguista, o Tricolor acusou o golpe e praticamente não conseguiu mais jogar. Nem a entrada da dupla argentina mudou a situação, que viria a se tornar ainda pior com um gol de Gustavo Henrique e um contra de Welington.
Foi o fim do tabu de quatro anos sem perder para o Flamengo e um sinal de alerta cada vez mais ligado no Brasileirão.
Com o resultado, o Tricolor segue com apenas duas vitórias na competição em 13 jogos disputados. São apenas 11 pontos conquistados. É uma das piores sequências do clube na competição por pontos corridos.
Durante esses 13 jogos, o São Paulo enfrentou dificuldades com ausências por lesões, convocações e suspensões. O futebol apresentado pelos reservas preocupou. Não foi o caso deste domingo, mas os resultados precisam aparecer.
Na entrevista coletiva após o jogo, Crespo afirmou que não irá priorizar a competição A ou B, mas o São Paulo precisa acordar no Brasileirão para não com o rebaixamento até o fim da competição.
No próximo sábado, às 19h, no Morumbi, o São Paulo terá mais uma chance de engatar sequências de bons resultados. Para isso, porém, precisa frear o líder Palmeiras, que acumula nove vitórias seguidas.
Antes disso, na quarta-feira, às 21h30, o desafio é pelas oitavas de final da Copa do Brasil, diante do Vasco. Crespo citou o calendário apertado e alertou como tem sido difícil repetir uma escalação. Dependendo de como a situação seguir no Brasileirão, escolhas mais drásticas precisarão ser tomadas pelo treinador. (Eduardo Rodrigues/Globo Esporte)