O adversário ofereceu pouca resistência, mas o Cuiabá fez o necessário para vencer e convencer logo na estreia do técnico Petit. O placar de 3 a 0 representa a tranquilidade com que o Dourado construiu uma vitória fundamental para dar fim a um jejum que já durava sete partidas e amenizar a pressão no início do novo trabalho. A análise é de Gabriel Barros para o GE. Confira:

Petit teve apenas dois treinos à frente da equipe antes do primeiro compromisso, mas promoveu mudanças táticas importantes. O comandante desfez a linha com três zagueiros e armou o time a partir de um 4–3-3 que variava para 4-1-4-1 com liberdade para movimentações e trocas de posições.

Lucas Mineiro ficou responsável por atuar à frente da linha defensiva e iniciar a construção. Mais à frente, Denilson e Fernando Sobral flutuavam entre a zona central e os lados, com movimentos para abrir espaços para os laterais e atacantes.

O setor ofensivo teve um trio bastante móvel. Derik Lacerda em vários momentos centralizou para se aproximar de Isidro Pitta, enquanto Jonathan Cafú dava amplitude pela esquerda no intuito de alargar a defesa rival.

Após uma sequência de pouca inspiração, organização e padrões bem definidos, o Dourado voltou a apresentar bom futebol. As mudanças no sistema deixaram os jogadores mais à vontade. Enfim, o time parecia ter consciência das etapas a serem cumpridas para progredir em campo, criar boas chances e não ceder espaços para contra-ataques.

Claro, é preciso considerar o nível do Metropolitanos, que veio ao Brasil com uma equipe alternativa. Porém, o Cuiabá enfrentou adversários tecnicamente semelhantes ao time venezuelano em 2024 e não conseguiu ter a mesma atuação da noite desta quarta-feira.

Foto: Asscom/Dourado

Tão importante quanto o desempenho foi a vitória. Já eram sete jogos sem comemorar após o apito final, com 14 gols sofridos e apenas um marcado. Um resultado que dá alívio para a sequência do trabalho.

Outra boa notícia fica por conta dos próximos desafios. Se a Série A do Campeonato Brasileiro é prioridade máxima do clube, Petit terá tempo para ajustar problemas e encaixar seu modelo de jogo. Até a estreia na competição, serão três jogos em casa – somando Copa Verde, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana.

É extremamente cedo para tecer qualquer elogio ao trabalho do comandante, mas largar bem pode ter sido fundamental para influenciar positivamente o clima dentro e fora de campo. (GE)