Os gols saíram, a marcação foi forte e efetiva, mas ainda faltou poderia ofensivo para o Cuiabá agredir um pouco mais o adversário. No empate em 2 a 2 contra o São Paulo, no Morumbi, o Dourado soube marcar, não sofreu tanto defensivamente e conseguiu gols provenientes de bola parada e contra-ataque. A análise é de Olímpio Vasconcelos para o Globo Esporte. Confira:

O objetivo não era ter a posse de bola na maior parte do tempo e tentar sair em velocidade. Para dar certo, foi necessário ter marcação intensa para não deixar o São Paulo envolver o Cuiabá. Isso ocorreu na maior parte do tempo e os dois gols do Tricolor saíram, principalmente, pela qualidade técnica de Benítez e Rigoni.

No primeiro gol do São Paulo existe uma perda de bola de Pepê no meio-campo, que quebrou o esquema de marcação. Transição defensiva não funciona e sai o gol. Ponto positivo: Cuiabá não se abateu. Passou a ter um pouco mais de posse de bola e seis minutos depois conseguiu o empate. Cobrança de falta, que Marllon ganha a segunda a bola e rola para Rafael Gava, melhor em campo, acertar um belo chute.

Rafael Gava foi o destaque do Cuiabá contra o São Paulo — Foto: AssCom Dourado

Rafael Gava foi o destaque do Cuiabá contra o São Paulo — Foto: AssCom Dourado

Com o empate, o Cuiabá melhorou e passou a trocar passes no campo de ataque. Aproveitou o desespero e ansiedade do rival para em um contra-ataque rápido e mortal virar o jogo. Pepê começa a jogada, passa para Gava, que dá assistência para Elton marcar de cabeça.

No fim do primeiro tempo um relaxamento causou o gol de empate do Tricolor. Rigoni se movimenta nas costas de Clayson e Lucas Hernandez, aparece livre pela esquerda e cruza para Gabriel Sara marcar. Marllon e João Lucas se confundem na marcação de Éder e deixam o meio-campo do São Paulo subir livre.

Jogaço no primeiro tempo, que amenizou no segundo. O Cuiabá passou a se defender com mais intensidade e praticamente abdicou de atacar. Faltou, mais uma vez, circulação no meio campo e segurar a bola no campo de ataque.

– A nossa equipe não está solida o suficiente para que nós tentássemos controlar o jogo com posse de bola durante os 90 minutos. Nós enfrentamos uma das duas ou três melhores equipes do futebol brasileiro em seus domínios. Durante todo o segundo tempo, mesmo sem bola, o jogo esteve em nosso controle – afirmou Luiz Iubel, técnico interino.

Auxiliar fixo Luiz Fernando Iubel segue comandando o Cuiabá — Foto: AssCom Dourado

Auxiliar fixo Luiz Fernando Iubel segue comandando o Cuiabá — Foto: AssCom Dourado

De fato, o Cuiabá sofreu muito pouco no segundo tempo e deixou o tempo correr para ficar com o empate. O resultado é muito bom. O desempenho melhorou, mas com um estilo mais reativo, contra uma equipe superior tecnicamente, em que o time teve menos posse de bola.

A defesa vinha de uma partida sem sofrer gols, levou dois, mas não comprometeu. Para vencer jogos, o que ainda não foi possível, o Cuiabá precisa de mais agressividade ofensiva. (Olímpio Vasconcelos/Globo Esporte)