Na tarde dessa quinta-feira (25), a FIFA anunciou, após realização de pleito, qual será a sede da próxima edição da Copa do Mundo Feminina. Programado para o ano de 2023, o décimo Mundial da história da modalidade será realizado na Oceania, após a candidatura dividida entre Austrália e Nova Zelândia levar a melhor em relação à Colômbia: 22 votos contra 13 do país sul-americano.

Para o bem da modalidade e de suas profissionais, a escolha da Oceania como continente-sede do evento foi justa, natural e esperada. Mas isso não deixa de significar uma ‘dupla derrota’ para a América do Sul e entusiastas do futebol feminino em solo latino-americano: se a Colômbia foi a pior avaliada dentre as finalistas – oferecendo também o menor orçamento total de investimento -, o Brasil se viu obrigado a retirar sua candidatura antes das fases finais do processo, por não obter as garantias governamentais necessárias para sediar o evento.

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FBL-BRA-ARG-WOMEN-FRIENDLY | NELSON ALMEIDA/Getty Images

No fim das contas, valeu pela empolgação e euforia de mirar um evento dessa magnitude, mas ficou evidente de que é preciso muito mais do que apenas ‘surfar na onda’ do maior appeal midiático que a modalidade vive hoje: é preciso investir com seriedade, da base ao profissional, em nível de clubes e seleção, para que a América do Sul passe a ser levada a sério quando falamos de futebol feminino. Por enquanto, seguimos com nossos ‘passos de formiguinha’. (90 Minutos)