Sargento aposentado da Polícia Militar, Omigha de Lima Oliveira, de 54 anos, foi identificado como um dos alvos de uma ação da Polícia Civil que investiga o assassinato do advogado e ex-presidente da Ordem dos Advogados Seccional de Mato Grosso (OAB-MT), Renato Nery.

Na terça-feira (30), a equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriu mandados de busca e apreensão em três municípios de Mato Grosso: Cuiabá, Várzea Grande e Guarantã do Norte (709 km de Cuiabá).

Omigha é morador de Guarantã do Norte e foi alvo de busca e apreensão. No entanto, durante o cumprimento dos mandatos, ele se recusou a fornecer as armas à polícia e afirmou que já sabia que estava sendo investigado e, por isso, as escondeu.

Segundo o delegado Bruno Abreu, que chefia as investigações do caso, Omigha é um exímio atirador e tem histórico de envolvimento em crimes de pistolagem. Ele já foi alvo de denúncias do Ministério Público, em 2019, por homicídio.

“Ele sabe atirar, é atirador de elite e profissional. Ele tem todas as características do atirador. Mas o modus operandi dele é de contratar pessoas para executar o crime. Então pode ser que ele contratou pessoas para realizar esse crime, tendo em vista que a família dele mora em Cuiabá”, disse o delegado em entrevista à rádio Capital, na manhã de terça.

Os outros dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande, na casa de familiares de Omigha, que são, de acordo com a polícia, membros do Comando Vermelho (CV).

“Os suspeitos são faccionados do Comando Vermelho. Estamos analisando os veículos que eles utilizam. O cerco está fechando e vamos desvendar o caso”, concluiu Bruno.

A hipótese é de que Renato Nery tenha sido assassinato devido a uma disputa de terras.

O CRIME

Renato Nery foi alvejado quando chegava ao seu escritório na manhã de sexta-feira, 5 de julho. Um, dos sete tiros disparados, atingiu a cabeça do advogado que chegou a ser socorrido, passou por cirurgia de urgência, mas morreu na UTI de um hospital particular de Cuiabá na madrugada do dia seguinte.

Até o momento, ninguém foi preso.]

(HNT)