A moratória imposta pelas grandes signatárias, responsáveis por intermediarem as vendas brasileiras à União Européia, rejeita negociar produções oriundas de áreas desmatadas a partir de 2008, mesmo que estejam dentro do limite permitido pela legislação brasileira.
De acordo com deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos), a eficiência brasileira e do produtor mato-grossense atraem imposições para impedirem o crescimento do país, sem interesse real de preservar o meio ambiente.
“Esse problema foi causado pela eficiência do nosso produtor. Essa eficiência tão boa que trouxe uma certa preocupação ao mundo, que sempre estão de olho no mercado. Não é o meio ambiente. Quem produz com 20% não está agredindo o meio ambiente. Quem tem 80% de área preservada, não pode falar que está agredindo o meio ambiente para produzir com eficiência. Então, eficiência, competência e vontade, trouxe essas consequências ao estado de Mato Grosso”, avaliou Moretto.
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja – Brasil), Antônio Galvan, reforçou a tese de Moretto quanto à existência de conflitos econômicos, por parte da União Europeia.
“Todos os estados [serão afetados]. Não vai achar que é um assunto exclusivo de Mato Grosso, como presidente da Aprosoja Brasil, todos os estados que fazem parte da Amazônia […] A gente sabe que esse assunto é único e exclusivo, [de interesse] econômico”.
Na semana passada, entidades do agro e prefeitos de quase 100 municípios do Estado foram ao encontro do governador Mauro Mendes (União Brasil) solicitando medidas para impedir a moratória. Eles sugeriram a possibilidade de cortar incentivos fiscais às empresas signatárias, responsáveis por intermediarem a exportação.
No Brasil, é permitido o desmatamento de até 20% das áreas totais de determinada propriedade situada no bioma amazônico e 65% do bioma do Cerrado. Pela moratória, ainda que o propritário não tenha atingido esse percentual disponível, ele não poderá avançar no desmatamento legal se quiser fornecer às empresas signatárias.
(Rdnews)