São três vitórias, cinco empates e uma derrota na temporada 2021. O aproveitamento de 51,8% não é avaliado como ruim, mas o que preocupa mesmo é o desempenho do Botafogo nos primeiros jogos. Situação que o técnico Marcelo Chamusca tenta reverter com o mês de menos jogos e mais treinos.

A principal preocupação do comandante é a eficiência do ataque alvinegro, que tem 13 gols na temporada. O número não seria considerado ruim se oito deles não tivessem sido marcados em apenas dois jogos: 3 a 0 contra o Resende e 5 a 0 sobre o Moto Club. Em três partidas, o Botafogo passou em branco e em outras três, que terminaram empatadas, anotou um gol. Diante do Nova Iguaçu, o time venceu por 2 a 1 com gols que saíram a partir dos 45 minutos do segundo tempo.

Normalmente o Botafogo precisa de 12 finalizações para marcar um gol. E é esse número que Chamusca pretende melhorar. Para acertar o gol com menos chutes, o técnico aproveita os treinamentos da semana para aperfeiçoar as tomadas de decisões nos contra-ataques. Diante da Portuguesa na última rodada, por exemplo, o time não aproveitou as chances de transição.

– Faltou, na minha opinião, a nossa capacidade de aproveitar as transições no segundo tempo. Tivemos possibilidades em que entramos em igual ou superioridade ao adversário – avaliou o técnico no último domingo.

Outro ponto que a semana sem jogos proporciona é a recuperação física dos atletas. Como o Botafogo não teve férias e contou com a chegada de 12 reforços, a parte física tem sido um problema. A avaliação é que o mês de abril pode otimizar esse aspecto.

As mudanças no elenco e a necessidade de um rápido entrosamento são outro problema para o técnico. A adaptação acontece no dia a dia, entre treinos e jogos. Chamusca está em busca de uma mecânica que se encaixe com as características dos jogadores. Para trabalhar essa mecânica em todas as fases do jogo, o professor precisa de tempo para treinar.

Goleada sobre o Moto Club é o maior placar do Botafogo na temporada
Como isso não aconteceu no mês de março, o treinador precisou usar a estratégia durante os jogos oficiais, com o início do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil. A principal atitude foi trocar e testar as peças que tem à disposição em busca desse encaixe.

Ao todo, Chamusca utilizou 30 jogadores nos últimos nove jogos. Dois deles – Marcelo Benevenuto e Bruno Nazario – deixaram o Botafogo, enquanto outros dois – Kevin e Davi Araujo – estão fora dos planos e receberam férias. Há ainda quem foi para o departamento médico, casos de Hugo, Guilherme, Pedro Castro, Luiz Otavio e Ronald. Os goleiros Diego Cavalieri e Gatito já haviam terminado a última temporada no DM.

Jogadores usados por Chamusca:

  • Goleiros: Diego Loureiro e Douglas Borges
  • Zagueiros: Marcelo Benevenuto, Kanu, Gilvan e Sousa
  • Laterais: Kevin, Jonathan, Hugo, Paulo Victor e Guilherme
  • Meias: Luiz Otavio, Rickson, Ze Welison, Pedro Castro, Matheus Frizzo, Kayque, Ricardinho, Bruno Nazario, Marco Antonio, Felipe Ferreira e Cesinha
  • Atacantes: Marcinho, Ênio, Warley, Ronald, Davi Araujo, Matheus Nascimento, Rafael Navarro e Matheus Babi

Na fase defensiva e de transição a tarefa é minimizar as falhas. Os erros de passes no campo de defesa criaram problemas para o Botafogo superar a Portuguesa no último domingo. Com a semana cheia de atividades, Chamusca mira o próximo adversário: o Volta Redonda, às 21h05 de sábado, no Raulino de Oliveira, pela nona rodada da Taça Guanabara. (Globo Esporte)