Preso na ‘Operação Apito Final’, o advogado Jonas Cândido da Silva foi servidor na Câmara Municipal de Cuiabá entre os anos de 2016 e 2020. Ele é apontado como um dos membros do grupo ligado ao tesoureiro do Comando Vermelho, Paulo Winter Farias, o ‘WT’, responsável pela lavagem de R$ 65 milhões do tráfico, conforme a polícia.

Segundo informações do Portal da Transparência da Câmara, Jonas autou no gabinete do ex-vereador Ricardo Saad, do PSDB. O advogado desempenhou a função de assessor parlamentar, com média salarial de R$ 4 mil.

Conforme as investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), após passar quatro anos longe dos corredores do Legislativo, Jonas pretendia voltar à Câmara em grande estilo e se lançou pré-candidato a vereador.

Além dele, o irmão de Paulo Winter Farias, Fagner Paello, também foi alçado pré-candidato. Os partidos aos quais os dois pertenciam não foi revelado.

Jonas Cândido foi preso em Maceió, no Alagoas, para onde viajou após a prisão de WT na última sexta-feira (29). WT foi alvo da ‘Operação W.O’ e pego durante um torneio em que o time de futebol ‘Amigos WT’ – criado para lavagem de dinheiro – participava. Antes de ser preso, Jonas Cândido publicou vídeo no Instagram apreciando a paisagem alagoana.

ADVOGADOS PRESOS

Além de Jonas, uma advogada, identificada apenas como Fabiane, foi presa na Operação Apito Final nesta terça-feira (2). Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) informou que o Tribunal de Defesa das Prerrogativas (TDP) acompanha a operação envolvendo os advogados. Também disse que, em caso de eventuais irregularidades ou ilegalidades cometidas, o caso será encaminhado ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED) para medidas cabíveis.

(HNT)