O Botafogo recebeu nesta quinta-feira, no salão nobre da sede de General Severiano, familiares, amigos e companheiros de clube de Valdir Espinosa, que se reuniram em homenagem ao ex-técnico e ex-gerente técnico do Alvinegro, que morreu por complicações de uma cirurgia no abdômen.
A cerimônia começou às 15h (de Brasília), e o salão alvinegro ficou aberto até a noite. O corpo do ex-treinador chegou à sede do clube pouco depois das 17h, com o caixão envolto nas bandeiras do Botafogo e do Grêmio. Estiveram presentes nomes do passado alvinegro. Como o ex-atacante Maurício, herói do título carioca de 1989, e o ex-zagueiro Mauro Galvão, capitão daquela conquista.
– Eu tive o prazer de ter um amigo, um professor, um psicólogo e de fazer parte do grupo vencedor de 89, em que ele foi fundamental. Foi psicólogo, conversava com os atletas, passava todo seu conhecimento de campeão – disse o ex-jogador.
Maurício: “Ele iniciou minha carreira, eu tinha 25 anos, e o Botafogo era o time que poderia me consagrar por ser grande e ser meu time de coração. O conceito dele era único: ver o Botafogo sair jejum e alcançou isso. Ele foi fundamental pra minha vida”. #gebota
Mauro Galvão: “Em 89 ele chegou num momento difícil e foi muito capaz e inteligente na forma de levar um grupo que precisava de confiança. O Botafogo precisava de uma pessoa com condições técnicas e psicológicas de comandar o time. Acabamos tendo uma amizade”. #gebota
Do presente alvinegro, duas pessoas lideraram as homenagens: o presidente Nelson Mufarrej e o técnico Paulo Autuori. O mandatário conviveu com Espinosa nos últimos meses nos corredores e nos campos do Nilton Santos. O treinador foi contratado neste mês, mas tem no ex-dirigente um velho amigo.
– O retorno dele ao Botafogo me emocionou muito, tive a honra de apresentá-lo. Sua relação com os jogadores fez o ambiente mais leve. Deixou um legado. Se ele estivesse aqui, estaria contente e trabalhando. É um ídolo, vamos fazer algumas homenagens no Nilton Santos e em General Severiano, porque ele merece. Botafogo se sente triste, mas alegre porque ele sempre demonstrou otimismo. Me falava: “Vamos ser campeões”. Que seja verdade e possamos dedicar a ele – afirmou o presidente.
Autuori: “Não cabem palavras. Falei na minha apresentação, Espinosa deixa a lição de que é possível ganhar no futebol com caráter, dignidade, integridade e competência. Às vezes parece que caráter e ser vitorioso são situações incompatíveis. Ele mostrou que é possível”. #gebota
Jogadores do Botafogo em homenagem a Valdir Espinosa — Foto: Divulgação
Além de personalidades e alvinegros ilustres, torcedores anônimos também prestaram condolências. Pessoas com camisas do Botafogo e do Grêmio (onde o ex-treinador também fez história) apareceram na porta de General Severiano, alguns com cartazes com mensagens para Espinosa. Outras personalidades, clubes e entidades do futebol se manifestaram pelas redes sociais.
Homenagem do torcedor alvinegro. #gebota