Após a vitória deste sábado sobre a lanterna Chapecoense no Campeonato Brasileiro, o Palmeiras agora começa a se preparar para a semifinal da Libertadores. O Verdão recebe na terça-feira o Atlético-MG, às 21h30, pelo jogo de ida no Allianz Parque. O técnico Abel Ferreira diz que a equipe de Cuca é favorita no confronto.
– Vamos jogar com um adversário que tem apostado tudo, tem apostado forte. É o favorito, já os dão na final com o outro adversário. Vamos competir, é o que fazemos, vamos analisar nosso adversário. É ida e volta, vamos ser humildes, colocar em prática nossa capacidade, força coletiva, usar nossa técnica, tática e competir – afirmou.
– Temos nossas ambições, mas ninguém tem dúvida nenhuma que o adversário é o favorito, pelo que investiu, pelo que gastou e continua a gastar. Na nossa humildade, no nosso feijão com arroz, vamos tentar chegar nos nossos objetivos. Queremos tanto quanto o nosso adversário, vamos usar as armas que temos e usaremos o mais indicado para estar na final da Libertadores – acrescentou.
Atual campeão da competição continental, o Verdão tem na Libertadores e no Brasileiro as chances de conquistar um título nesta temporada.
No Brasileirão, o time está na vice-liderança à caça do Atlético-MG e com o Flamengo atrás por ter jogos a menos, mas com aproveitamento melhor.
Diante da disputa acirrada com os dois rivais, Abel entendia que o Verdão era obrigado a vencer a Chape na Arena Condá, como fez. Além do resultado, o técnico aproveitou para fazer alguns testes, como a inversão na posição de Gustavo Gómez e Luan, que passou a jogar no lado esquerdo, com o paraguaio pela direita.
– Eu sou meio maluco, um treinador jovem, que gosta de fazer coisas fora da caixa, que erra, que perde, que às vezes é um idiota. Sei o que faço, onde vim, onde estou, aquilo que quero, onde quero percorrer e meus jogadores acreditam em mim. Isto é mais importante. Quando o jogador é bom, a ideia coletiva é boa, jogadores podem atuar em qualquer posição – respondeu.
– Hoje (sábado) encontramos muito espaço, não só com a qualidade do Palmeiras. No último jogo enfrentamos o Flamengo, que foi muito forte defensivamente. Jogadores também precisam ser criativos a defender. A Chapecoense não está em uma posição não muito boa, uma equipe que seguramente tem que melhorar seus processos, também. Conseguimos, porque somos melhores. Nossa obrigação hoje era ganhar e ponto – acrescentou.
Apesar da análise, o treinador admitiu que o segundo tempo do Palmeiras não foi bom. Após abrir 2 a 0 na etapa inicial e criar chances até para golear antes do intervalo, o time voltou com mudanças e criou pouco.
– Não jogamos bem o segundo tempo e a culpa é minha. Sou engenhocas, arrisco muito. A equipe jogou mal com bola, porque queria ver a dinâmica de um jogador só e na minha opinião não tivemos a mesma fluidez. Mexi em posições e o culpado fui eu de não ter um jogo tão fluído. Queria ver uma situação, sob pena até de a Chapecoense entrar no jogo e ganhar como foi contra o Bragantino. A vida é feita de riscos e foi o que fiz. Na segunda parte pensei um pouco à frente, às vezes cometo erros. A equipe baixou a dinâmica ofensiva, mas foi por culpa minha. Ainda assim tivemos duas oportunidades para fazer o terceiro e matar o jogo – encerrou. (Globo Esporte)