O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, rejeitou uma proposta para comandar o Al-Nassr, da Arábia Saudita. A oferta era tentadora: cerca de R$ 127 milhões (algo em torno de R$ 4,2 milhões por mês) por um contrato de dois anos e meio. Mas o treinador bicampeão da Libertadores não topou.
A negativa dá um respiro para o Palmeiras na tentativa de manter o português, mas não é certeza de permanência: clubes dos Estados Unidos sondaram o técnico, assim como o Besiktas, da Turquia. Nestes casos, porém, não houve proposta.
Depois do título da Libertadores, no sábado, Abel deixou o futuro aberto. Mostrou-se incomodado com a forte sequência de jogos no Brasil – e a consequente dificuldade de fazer um trabalho sólido.
– Tenho que fazer uma reflexão com a família. Não consigo, jogo, descanso, jogo. Não é para mim. Não consigo estar na minha máxima força. É desumano o que fazem aqui. Se quiserem crescer, têm que abdicar do ida e volta na taça. Vou parar, refletir e fazer o que for melhor para o Palmeiras.
Além disso, pesa a questão familiar. Abel lamenta estar longe da família. Esposa e filhas ainda moram em Portugal, e o técnico sempre fala da saudade que sente delas.
Leila Pereira, nova presidente do Palmeiras, tenta convencer o treinador a trazer a família para o Brasil. Mantê-lo é uma das prioridades da nova gestão.
– É de minha vontade que o Abel, nosso técnico, permaneça no meu projeto. Isto com certeza eu vou conversar com o Abel. Ele tem contrato conosco até o fim do ano que vem, e acho que ele é extremamente importante para o projeto que a gente tem – disse Leila logo após ser eleita. (GE)