Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em dois processos diferentes na próxima segunda-feira.
A 1ª Comissão Disciplinar do STJD vai analisar a expulsão do treinador na partida contra o Fortaleza, pela Copa do Brasil, e a confusão com Calleri no clássico contra o São Paulo, pelo Brasileirão.
Pelo vermelho, Abel foi denunciado no artigo 258, § 2º, II do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões. A pena vai de uma a seis partidas de suspensão.
O árbitro Sávio Pereira Sampaio (Fifa-DF) justificou a expulsão da seguinte forma: “por protestar contra a decisão da arbitragem de forma grosseira e ofensiva com gestos ao arremessar um copo de água no chão, socar o ar e proferir as seguintes palavras: ‘foi falta filho da p…’“.
O Palmeiras disse que a explicação do árbitro “falta com a verdade e será contestada pelo clube nas esferas competentes”. O clube na época soltou uma nota oficial em defesa de Abel.
Já a confusão com Calleri será avaliada pelos artigos 257 (participar de rixa, conflito ou tumulto, durante a partida, prova ou equivalente) e 258 (assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código) do CBJD. As penas são: duas a dez partidas, e uma a seis partidas de suspensão, respectivamente.
Ainda que Wilson Seneme, presidente da comissão de arbitragem, tenha dito que a discussão deveria ter gerado a expulsão de Abel, Raphael Claus, juiz daquela partida, deu apenas cartão amarelo e considerou a conduta “antidesportiva”.
O português voltará a ficar no banco de reservas do Palmeiras neste sábado, contra o Flamengo, pelo Brasileirão, depois de cumprir suspensão nas duas partidas anteriores, contra o Athletico e São Paulo.
Quando está fora, o auxiliar João Martins é o substituto. Ele também deve ser em breve réu no STJD, já que a CBF afirmou que pedirá explicações pela entrevista que deu no domingo, dizendo que “é ruim para o sistema” o Verdão vencer o Brasileirão duas vezes. (GE)