A nossa vida é como uma roda que recomeça onde termina, e é sustentada pelos relacionamentos.
E, na sequência do caminhar, vamos apreendendo a enxergar a beleza escondida nas cores das coisas, nas feições das mil fases dos rostos desconhecidos.
Com o passar dos anos vamos acumulando sensibilidades até entender que a beleza não se finaliza em si, pois a realidade se completa ao considerar o feio no exato momento que se vemos o bonito, e assim a vida segue impondo aparências até que a camada fina da nossa visão ultrapassa os limites daqueles que só veem o que desejam ver.
Mas, além das aparências imposta pela vida, existe a mistura de sentimentos e de desejos, e destes nascem à verdadeira visão, pois somente aqueles que buscam ver além das aparências, conseguem ver o que realmente a alma enxerga.
Viver é ter um objetivo, e a partir daí é que nasce toda a sustentação e suporte para melhor encarar as rotinas, para enfrentar as tribulações e força para superar os obstáculos, sem, no entanto, deixar-se escravizar os nossos doces momentos por um só objetivo impossível.
Diante da visão periférica e a utilização do poder do sentimento verdadeiro, é que nos ensina a tocar no que aparentemente não tem corpo e distinguir a diferença onde não tem cor, porque em toda a nossa vida a metade é real e outra metade é irreal, e na vontade sugestiva temos que as vezes sair por aí, procurando segurar no que não existe, porque muitas vezes também só vemos aquilo que verdadeiramente desejamos.
Por isso, não devemos nos iludir e ostentar com elogios repetitivos vindo das bocas que querem benefícios imediatos e por outro lado nunca deprimir diante de censuras das nossas vontades, porque muitas vezes o sonho dos nossos vizinhos estão em nosso olhos, às muitas vezes os competidores estão vendo os sonhos deles em nossos sonhos.
Nascemos das mesmas formas das argilas que todos os homens foram formatados, por isso, as nossas inspirações se convergem, os nossos alvos são os mesmos, e às vezes passamos a ser escravo das decisões coletivas, por isso pelas calçadas da vida, muitos vão em frente sem saber por que, e vão seguindo os passos dos outros, mas não questionam: quem são eles?
Para onde eles vão?
Ao começar um novo dia, a vida segue independente das nossas vontades, o importante é estar ligado em tudo que está em nossa volta, sabendo decifrar tudo aquilo que os olhos do egoísmo escondem.
A nossa sede será sempre insaciável em busca das satisfações pessoais e que nunca terá fim, pois somos aprendizes das experiências que a vida nos oferece, por isso, não seja um produtor de equívocos, pois os novos projetos aumentam o desejo de viver e trazem sempre novos objetivos ao nosso mundo existencial, e nessa necessidade de vencer, é que traz a cura espontânea para as nossas depressões momentâneas.
Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.