Ainda assim, sabemos que Cuiabá carrega nos ombros o atendimento de pacientes residentes em outras cidades, uma vez que os municípios do interior não têm estrutura e os problemas da saúde literalmente “desaguam” na capital. Ainda assim, mesmo que não haja pactuação para atendimento médico, não vi até hoje Cuiabá deixar de acolher quem precisa.
Tenho convicção de que Emanuel Pinheiro está fazendo um bom trabalho. Com uma gestão aberta e transparente, atendeu a classe dos enfermeiros e dos agentes comunitários de saúde, realizou mutirões de cirurgias, investiu em equipamentos de saúde de primeira linha, lançou o projeto SOS AVC e implementou as equipes de saúde bucal, dentre outras.
Os problemas da saúde não é uma particularidade de Cuiabá, mas sim do país como um todo. E a pandemia agravou ainda mais a situação, gerando uma demanda reprimida de consultas médicas e de cirurgias eletivas, deixadas de lado para focar no urgente atendimento aos infectados pelo vírus.
Obviamente, diante de todos esses cenários, há uma sobrecarga no sistema da Saúde da capital. Em geral, aproximadamente 40% dos atendimentos hospitalares no HMC e no São Benedito são de pacientes de outros municípios. O que lemos na mídia são ataques desmedidos enquanto o que vemos na prática é uma saúde estruturada, que ajuda na resolutividade dos problemas dos municípios do interior.
É preciso que o Governo do Estado “assista” essas pessoas que vêm de fora para tratamento de saúde na capital e ajude mais Cuiabá, que recebe essas demandas do interior. Demandas estas que enquanto o Estado não construir os hospitais regionais de Juína, Confresa, Tangará da Serra e Alta Floresta, Cuiabá continuará a receber pacientes dessas regiões.
Neste sentido, as picuinhas e desavenças políticas têm que ser deixadas de lado. Uma intervenção como a que aconteceu na saúde de Cuiabá não teve fundamento algum. O momento agora é de alinhamento das ações em prol da saúde e da população cuiabana e de Mato Grosso. Vamos trabalhar!