MARCEL DALTRO
O mercado de advocacia brasileiro, tanto pela quantidade de advogados atuantes, quanto pela quantidade de escritórios existentes, é um dos mais competitivos do mundo. Qualidade em prestação de serviços, neste cenário, é obrigação e não diferencial. Desta forma, “pensar fora caixa” passou a ser uma estratégia importante para sobrevivência e crescimento dentro do setor jurídico.
Encontrar alternativas de atuações não triviais é um movimento que a advocacia e os advogados precisam praticar para que possam se destacar. Os exemplos para isso são muitos: tecnologias, especializações em novos mercados, em regiões e atividades não tão exploradas, estratégias de entregas e internacionalização das operações, por exemplo.
Sim, a internacionalização das operações de um escritório ou advogado é uma estratégia de diferenciação no mercado jurídico brasileiro. Basta fazermos uma simples análise sobre o quão agudo é o movimento de globalização e como o Brasil está inserido neste contexto.
“A internacionalização das operações de um escritório ou advogado é uma estratégia de diferenciação no mercado jurídico brasileiro”
Muitos setores da economia que colocam o Brasil no centro de discussões e que, consequentemente, exigem que as empresas estejam bem assessoradas juridicamente para o correto desenvolvimento de seus negócios.
Sendo assim, atuar tanto tecnicamente na seara do direito internacional, quanto possuir uma estrutura internacional que facilite a execução de trabalhos jurídicos fora do país é um facilitador que contará pontos relevantes para quem o fizer.
E são vários os vieses, como, por exemplo, a prestação técnica de serviços jurídicos, em temas correlatos ao direito internacional, com o apoio a empresas brasileiras que iniciarão operações fora do país, no acolhimento de empresas internacionais que estão vindo para cá, na estruturação de multinacionais que operam em diversos países.
Além das questões obrigatórias de ambientação legal, é possível agregar valor auxiliando o cliente em questões culturais internacionais, facilitar negociações por diferenças de câmbio e línguas. De forma objetiva, é poder colaborar com o incremento da balança comercial brasileira com outros países através da prestação de serviços jurídicos. Fica a reflexão sobre movimentos “fora da caixa” como este e da sua importância.
*MARCEL DALTRO é advogado, sócio e diretor institucional do NWAdv e responsável pelas filiais em Mato Grosso. Contato: marcel.daltro@nwadv.com.br